Obras arquitetônicas imperdíveis
- Alhambra, em Granada – palácio de mil e uma noites, construído nos séculos XIII e XIV. O ponto turístico mais vistado da Espanha, merecidamente.
- A Mesquita de Córdoba, que alguns tentam chamar de Catedral de Córdoba (porque quando os cristãos retomaram a cidade, a Mesquita era tão linda que eles não tiveram coragem de destruí-la inteira. Destruíram pedaços internos pra colocar uma catedral no lugar, mas uma boa parte da arquitetura moura se mantém, especialmente os incríveis arcos listrados que dão uma sensação de infinito). Foi construída no século VIII, e depois implantaram a catedral no século XIII.
- A Catedral de Sevilha. Terceira maior catedral do mundo, a maior da Espanha. Construída no século XV. Outro lugar embasbacante. Acho que poucas pessoas percebiam isso, mas dava pra se sentir num trecho do Senhor dos Anéis, em um desses salões de dimensões desproporcionais. Uma maravilha gótica que realmente inspira introspecção e dá vontade de chorar.
Alhambra
A Mesquita de Córdoba
Catedral de Sevilha
Museus em Madri
Museo Sorolla. Era a casa do Sorolla. Bem mantido, com ótimo acervo. Vale a pena.
Museo Thyssen-Bornemisza. Acervo excelente, espaço aconchegante. Tínhamos pouco tempo, nos dividimos, e descobrimos que o Cris preferiu o acervo do Barão, e eu gostei mais da seleção de Carmen-Thyssen. Essa constatação, mais as exposição das Guerrila Girls no Matadero de Madrid, deram o que pensar sobre a importância do juri num concurso. Em vários campos você não vê mulheres premiadas, e depois descobre que no juri só havia homens. Qualquer minoria precisa ter representação no juri também, ou nunca será escolhida. Porque nosso julgamento do que é bonito ou feio sofre influência sim do sexo, cultura, etnia.
Museu do Prado. É bonito, como é de se esperar de um museu dessa importância. Mas tem algo totalmente ridículo: é proibido fotografar! Qualquer coisa, mesmo sem flash. E sabem por que? Porque o diretor do museu acha que as pessoas deveriam ter uma experiência à moda antiga, da época pré-fotografia digital, em que as pessoas só podiam olhar com os zóios. Assim, nada de levar lembranças das obras pra casa, pesquisar mais sobre um autor que te interessou. Acho que é o único dos museus grandes capaz de ter feito uma escolha dessas.
A Páscoa em Madri
Talvez seja o maior feriado nacional da Espanha. Tínhamos que decidir se queríamos ver as procissões ou fugir delas. No final estávamos em Madri na sexta-feira santa, mas fizemos nossa programação sem ir atrás das procissões. Por coincidência vimos alguma coisa na Calle Atocha, que era a rua do nosso hostal. Andamos pela cidade à noite, imagino que era um dia especialmente cheio, mas era maravilhoso ver a cidade tão cheia, com todos os botecos tão cheios de gente, e as praças e ruas cheias de gente.
Já ouviram falar que em Madri as pessoas saem de bar em bar? Na região central os restaurantes e botecos ficam um do lado do outro, você sente que pode tomar uma bebida num, comer uma tapa noutro, depois em outro, em outro. Na praça (esqueci o nome da Praça… talvez Praça do Por do Sol, é para onde as pessoas vão quando há passeatas por lá) muita gente, apresentações, como se fosse uma feira medieval moderna. Gostei de ver garotos de patins mostrando suas habilidades, inclusive com a ajuda de umas quatro corajosas garotas que se deitaram no chão para eles saltarem por cima delas. Lamentei não estar com uma câmera com ótimo ISO alto, teria dado boas imagens.
O Mercado Municipal de Madri
Bom programa noturno. Imagino que de dia também. Conseguimos até achar uns ouriços. Uns dias antes tínhamos ido até Málaga, achando que nas cidades costeiras seria fácil achar ouriço, mas não foi. No mercado achamos alguns ouriços, não muito grandes, e não baratos, mas compramos.
Sevilha
Deixamos Sevilha para o final da viagem, e sabem como é final de viagem: você vai pifando e começa a dar preguiça de ir pros lugares. Só tínhamos dois dias, mas valeu muito a pena pela Catedral, e pelos restaurantes (o Eslava e o La Pepona). Ficamos com essa sensação de termos nos dado melhor em comidas em Sevilha do que em Madri, mas deve ser só uma questão de procurar direito. Os restaurantes ganharam um post só pra eles:
A Espanha é a terra do porco. Se você é vegetariano, muçulmano, judeu ou da cura prânica, lamento. Você está perdendo uma das melhores carninhas possíveis. Esses porcos orgânicos, criados nesses cenários maravilhosos, e os que comem bolotas: tudo isso reflete no sabor da carne. Se você não tem restrições, se esbalde com a carne de …
Granada, Córdoba, Toledo
Em Granada e Córdoba ficamos pouco, mas que valeria a pena ter mais dias. Cidades muito bonitas, e com os bairros árabes.
Toledo só passamos. É linda, bem turística, mas não deu vontade de ficar.
Acomodações
Em Granada ficamos nos Apartamentos Turísticos Mauror. http://www.booking.com/hotel/es/apartamentos-turisticos-mauror.es.html. Um pouco chatinho pra chegar, você tem que passar por umas ruas que é proibido transitar de carro a não ser que você que mora no local, então pra ir ou pra voltar fica o receio de levar uma multa, mas não levamos. O local é excelente, bem perto da entrada pra Alhambra (mesmo assim, era uma caminhada de uns 20 minutos). Bem mobiliado, com geladeira, fogão elétrico. Cozinhamos uns camarões. Também lembro que num dos dias em que voltávamos pro apartamento, numa travessa havia um homem cantando alguma ópera. Não parecia ter plateia, apenas cantava. Um toque especial pra viagem.
Em Córdoba ficamos nas Casas de La Juderia. A hospedagem mais legal da viagem, valeu muito a pena. https://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g187430-d1637830-Reviews-Las_Casas_de_La_Juderia-Cordoba_Province_of_Cordoba_Andalucia.html#
Em Sevilha ficamos no Hotel Amadeus. Não era fácil pra parar o carro e descer as malas, mas um local bem agradável e bem localizado. http://www.hotelamadeussevilla.com/
Em Madri fiamos no Hostal Barrera. Bem localizado, baratinho como um hostal, mas simplório, e com o problema do barulho do corredor. http://www.hostalbarrera.es/en/
Em Torrejón el Rubio ficamos na Casa Babel, uma casa rural voltada para birdwatchers. Simples, mas clean, e bem arrumadinha. http://www.casababel.es/en/accommodation-in-monfrague
Roteiro detalhado da viagem
Torrejón el Rubio, Hospedagem na Casa Babel
28/03/15 – Chegada em Madri, ida até Torrejón el Rubio. Jantar no Carvajal
29/03/15 – Parque Nacional Monfragüe com José. Jantar na Hospedaria Parque Monfragüe. Mais barato que o Carvajal, mas Carvajal é bem melhor.
30/03/15 – Parque Nacional Monfragüe sozinhos, com piquenique em Cañamero. Jantar no Carvajal.
31/03/2015 – Trujillo, com amanhecer dourado no Río Almonte. Ida até Montanchéz atrás do presunto ibérico, passeio pelo castelo de Montanchéz e pelo Vale do Jerte. Jantar no Carvajal.
Madri. Hospedagem no Hostal Barrera
01/04/2015: Ida até Hoyos del Espino – Sierra de Gredos. No fim do dia fomos pra Madri. Jantar num boteco perto do hostal, nada que mereça destaque.
02/04/2-15: café da manhã na Casa Matilda, passeio no Matadero, procissões à noite. Jantar no Sergi Arolla
03/04/2015: Museo do Prado. Jantar no chinês
04/04/2015: Museo Sorolla e Museo Thyssen
Córdoba. Hospedagem na Casas de la Juderia
05/04/2015: Almagro (teatro medieval) e passagem por Toledo. Chegada em Córdoba. Jantar no Casa Pepe de La Juderia
Granada. Hospedagem no Apartamentos Turísticos Mauror
06/04/2015: visita à Mesquita de Córdoba de manhã. Ida à Granada à tarde para visitar Alhambra. Um dos dias mais corridos, mas era o melhor dia do agendamento pra Alhambra. À noite passeio pelo bairro árabe de Granada. Jantamos no Muglia, um indiano com ótimos samossas e pães.
07/04/2015: dia pra rodar de carro. Fomos até Málaga. No caminho paramos em Salobreña, havia uma feira local onde compramos as nozes e tâmaras mais deliciosas que a gente já comeu. Nos achamos manés por não termos provado na hora, teríamos comprado muito mais. Jantar de camarões no apartamento.
Sevilha. Hospedagem no Hotel Amadeus
08/04/2015. Viagem de Granada a Sevilha (250 km), com parada no Fuente de Piedra para passarinhar. Jantar no La Pepona.
09/04/2015: Catedral de Sevilha. Almoço no Eslava. Jantar no Albarama.
10/04/2015: Ida de Sevilha para pegar o voo em Madri (550 km). Bem errado. Corrido e cansativo. Não fazer. Tinha atrações interessantes no caminho, como as construções romanas, mas não dava tempo. Até paramos nos Aquedutos de Mérida, mas o certo era ter ido direto.
