Lugar tranquilo, uma das melhores oportunidades para ver o mergulhão-grande em São Paulo

  • Texto e fotos: Claudia. Nikon D800 e Sigma 50-500
  • Parque Linear 9 de Julho: Avenida Ponta do Sol , s/n – Cidade Dutra – SP (com esse endereço você pode ver no Google Maps, e imagino que o GPS também encontra)
  • Abre às 6h e não fomos incomodados por seguranças. O Marco Silva já foi lá à tarde e também foi bom para ver aves
  • Chamamos atenção com as câmeras, e alguns garotos vieram até fazer piadinhas do tipo “pode tirar uma foto minha por 50 centavos”, mas não parecia ter nada ameaçador. Havia gente caminhando e correndo, desses simpáticos que cumprimentam quando passam.
  • Post do Marco Silva, com o mapa: http://virtude-ag.com/pa-parque-nove-de-julho-sp-dez13-marco-silva/

A Represa de Guarapiranga tem diversos parques ao seu redor. A convite da Silvia Linhares, que havia pedido para o Marco Silva levá-la, fui conhecer o Parque Linear 9 de Julho, famoso por abrigar uma população de mergulhões-grandes. Além da Silvia e do Marco, a Juliana Diniz e o Luiz Kagiyama também foram.

O Marco disse que não precisava ser em horário passarinheiro, então nos encontramos às 9h no metrô Butantã. O Marco e o Luiz passaram de carro para nos pegar, e lá fomos nós em direção ao 9 de Julho.

Pegamos um trânsito infernal, chegamos no parque mais de 10h30.

O parque não é grande, mas tem cenários amplos, parece ser tranquilo. Havia seguranças, para quem acenamos e cumprimentamos, mas que não vieram perguntar sobre as câmeras. Garotos andavam de bicicleta, pessoas iam banhar-se nas águas da represa, alguns vieram perguntar se estávamos filmando.

Havia poucas aves. No caminho para chegar na margem, passamos por um polícia-inglesa-do-sul, mas que voou, e na margem havia quero-quero, garças ao longe, caminheiro-zumbidor, biguás passavam voando, alguns frangos-d´água-comuns e lá estava ele, o mergulhão-grande, um pontinho no meio da água. Na outra visita do Marco ele consegui boas fotos do polícia-inglesa-do-sul, marreca-cricri, maria-faceira, gavião-caramujeiro e suiriri-pequeno.

Passamos um tempo registrando o pontinho cinza-escuro no meio da imensidão da água, andamos mais um pouco, pegamos um bando de pernilongos-de-costas-brancas e também descobrimos um local cheio de garças, mas inacessível. Sem trilha, e talvez fosse melhor assim, parecia ser o único canto sossegado em que elas podiam ficar longe das pessoas.

Já estávamos indo embora quando na última olhada na margem, vimos uns 4 mergulhões-grandes mais próximos. Paramos para fotografá-los, e vimos algo que eu queria ver faz tempo: um filhotinho, pequeno o suficiente para ir montado no dorso do adulto. Ele era maravilhoso, rajado colorido como se fosse uma pintura moderna, e em vários momentos o adulto em que ele estava montado aumentava a velocidade, e o filhotinho de bico aberto parecia dizer “uipi mamãe, mais rápido, mais rápido!”. Durou pouco tempo, logo eles se afastaram, mas foi muito legal, além de totalmente inesperado.

Agradeço ao Marco Silva e a Sílvia Linhares pelo passeio, e pela companhia da Ju e do Luiz.