O Curucutu, um dos núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar, fica quase na divisa com Itanhaém, a 2h da zona Sul de São Paulo. Um local com belos cenários, funcionários simpáticos, onde birdwatchers são bem-vindos e, em dias claros, é possível avistar o mar

  • Texto e fotos: Claudia. Arrastando 5kg: duas Nikon D800 com Sigma 50-500 VR e Nikkor 105mm, e tripé.
  • Na companhia dos queridíssimos Luccas Longo e Juliana Diniz, e sentindo a falta do Rodrigo Popiel

A Juliana havia conhecido o Curucutu em dezembro de 2013, na companhia do Guto Carvalho, e gostou bastante. http://www.bloganimalchic.com/2013/12/23/ondeseinspirar-curucutu/. Por isso, não desanimamos com a previsão de chuva, com os avisos de que a estrada está ruim, e com as informações do Fabio Schunk de que o Curucutu é um lugar com grande diversidade de aves, mas pouca abundância, que não é fácil ver as aves. E lá fomos nós.

Dessa vez nosso companheiro de aventuras, o Rodrigo Popiel, não pode ir. Fomos só eu, a Ju e o Luccas. Saímos às 6h da zona Sul e o caminho foi tranquilo até Parelheiros. Lá nos perdemos um pouco, mas logo estávamos de volta ao caminho certo (veja abaixo explicações detalhadas de como chegar).

Não há taxa de visitação, mas é preciso reservar com antecedência. Se seu nome não estiver no controle do segurança, você não passa da guarita. O primeiro horário de visita é às 8h.

Havíamos reservado com o monitor Wesley Pereira, acostumado a guiar observadores de aves. Ele não tem conhecimentos ornitológicos, mas é muito simpático e paciente, não havia problema em nos movermos com a lerdeza de sempre.

Como foi o passeio

Logo que chegamos vimos um pé de caqui carregado, com os frutos começando a amadurecer. Sabiá-laranjeira, sabiá-barranco, sanhaçu-cinzento, sanhaçu-frade, e provavelmente o sanhaçu-de-encontro-azul já rondavam o local. Na mata atrás da sede, vimos saíra-lagarta e algum arapaçu, mas de longe. Poderíamos ter ficado por lá, mas decidimos fazer a trilha. Perguntei pro Wesley se havia algum ponto com fruteira ou flores, ele falou que nos levaria para a trilha do mirante, mas no sentido contrário, para já começar numa área de mata. E que havia araças com frutos.

O Curucutu tem muitos pinheiros. Eles foram plantados pelo próprio Instituto Florestal, 40 anos atrás, quando as ideias sobre reflorestamento e proteção dos mananciais eram diferentes. Hoje o plano de manejo prevê o corte de todos os pinheiros e substituição por mata nativa. Começamos por uma região de pinheiros, e logo um barulho indicava a presença de macacos. Macacos-prego, mas daquela variedade mais escura. Uma fêmea com um filhote grande nas costas estava parada nos observando, enquanto um outro macaco, em outro pinheiro, jogava pinhas e galhos na nossa direção – para chamar nossa atenção e desviar o foco da fêmea.

Havia vários macacos, e o Wesley nos explicou que aqueles haviam aprendido a comer o fruto da pinha. Sabem aquelas pinhas usadas em decoração de Natal? Eles descascam, e encontram algo para comer no miolo. É uma adaptação, já que essas árvores não existiam no Brasil. Claro que essa não é a única fonte de alimento deles. Quando os pinheiros forem cortados, isso não significará a extinção dos macacos do parque.

Os macacos ainda nos acompanhavam, quando ouvimos a voz inconfundível do corocochó. O Luccas tocou o playback, e logo uma dupla curiosa se aproximou e pousaram muito próximos. Primeiro achamos que era um casal, mas vendo as fotos depois, vimos que era um adulto e um jovem. Eu estava com uma full frame e 500mm, mas tive que diminuir para 400 e até 380mm, de tão próximos que pousaram. Nos observaram por tempo suficiente, até paramos de fotografar e ficamos olhando pra eles também, admirando aquela beleza e olhar curioso. As situações de fundo e luz não foram as melhores, mas depois de tanta generosidade da parte dos bichinhos, não pensamos em tocar de novo o playback, apesar de voltar a ouvir vocalizações durante quase toda a trilha.

Muitas bromélias e orquídeas floridas – grandes indicativos da preservação do parque. Em locais sem fiscalização você não vê orquídeas floridas, porque as pessoas que passam pelo local colhem e levam pra casa!

Palmeiras Juçara – essenciais para a Mata Atlântica. Não compre palmito do tipo juçara, isso contribui para um enorme dano à Mata Atlântica

Vimos várias palmeiras juçara, mas a maioria ainda jovem e sem frutos. Wesley nos contou que eles fizeram um trabalho de educação ambiental com os moradores da região e diminui o desmatamento do juçara. Eles explicaram para a população que é mais lucrativo deixar a palmeira em pé, e colher os frutos (mas não todos – é essencial deixar pelo menos um cacho para os animais da mata). Uma árvore de 10 metros rende menos de 30cm de palmito. Já os frutos do juçara são semelhantes ao açaí amazônico, e rendem ótimos sucos.

IMPORTANTE: Não compre palmito juçara, nem peça pratos com palmito, ou peça para vir sem palmito. Mesmo marcas com selos do Ibama podem ter vindo de falsificações. Se você ainda não tem certeza da gravidade da ação dos palmiteiros, tanto para a natureza como para sua própria saúde, veja estas informações:

Uma palmeira juçara leva pelo menos 7 anos para frutificar. Os frutos da juçara correspondem a 80% da biomassa de frutos de toda Mata Atlântica. Cerca de 60 espécies de aves se alimentam dos seus frutos, e algumas como tucanos, araçaris e jacutingas dependem bastante. Com a diminuição ou extinção dessas espécies, várias outras espécies de árvores não têm mais quem disperse as sementes, e não há mais regeneração natural da mata. http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2011/06/palmito-jucara-uma-palmeira-ameacada-na-mata-atlantica.html.

Um efeito já comprovado é que nas regiões em que não há mais aves grandes como tucanos, araçaris e jacutingas para fazer a dispersão, as palmeiras juçaras que nascem são todas pequenas, porque vieram de sementes pequenas. Essas palmeiras são mais frágeis e suscetíveis a morrer pela variação do clima. http://www5.usp.br/28937/sem-grandes-aves-na-mata-sementes-de-palmito-jucara-reduzem-de-tamanho/

“Tinha que ter uma moratória urgente proibindo o corte, a comercialização e o consumo de palmito juçara. Também é preciso ter maior proteção das áreas que ainda têm palmito, porque isso inibiria a ação dos palmiteiros. Eles entram no parque armados e ficam lá dias cortando as palmeiras com facão e cozinhando. O atravessador volta com o caminhão e já leva os vidros com o palmito juçara numa água de péssima qualidade. As condições de higiene são ruins e por isso tem tanta história de botulismo e infecção de bactérias por quem come palmito. Na fábrica, eles trocam a água, colocam um rótulo com selos falsificados e vendem para mercados, restaurantes etc. O palmito picado, aquele que colocam na pizza, é o pior, porque foi tirado da árvore que não tem nem dois anos de idade. Eles já estão cortando os palmitos jovens e afetando toda a regeneração do palmito na Mata Atlântica”, contou Mauro Galetti (professor da Unesp – Rio Claro). http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2011/06/palmito-jucara-uma-palmeira-ameacada-na-mata-atlantica.html.

As aves do Curucutu

O Curucutu tem uma lista de mais de 350 aves, inclusive o raro apuim-de-costas-pretas. Mas o biólogo responsável pelo levantamento, Fabio Schunck, pra quem escrevi pedindo informações sobre o Curucutu, me explicou que não deveríamos esperar muitos avistamentos (diversidade alta, abundância baixa, vocês verão poucas aves).

Esta é uma época mais difícil para ver as aves na mata, em qualquer lugar. É o tal descanso reprodutivo. Mesmo assim, tivemos ótimos momentos com o corocochó – nunca vi tão baixo e próximo!, além de ouvi-lo pela trilha toda. Tivemos um grande mole também de um papa-moscas-cinzento, em frente ao estacionamento, já na hora de ir embora. Estava pousado num galho seco baixo. Na trilha também ouvimos várias vezes, e conseguimos um avistamento do lindo tangará. A choquinha-de-asa-ferrugem também apareceu várias vezes, mas só deu uma fotinho no final do passeio, um local aberto, com bancos, em que também apareceu o tangará e provavelmente um bico-virado-carijó – mas que também não deram chance de fotos.

Andamos a maior parte do tempo na trilha do mirante, que passa por pinheiros altos e mata fechada, mas depois do passeio, olhando ao redor da sede, que tem vegetação mais aberta, em vários pontos semelhante a de Campos do Jordão, pensamos que na próxima vez que formos vamos querer explorar mais tempo essas áreas abertas.

Lista do Curucutu, de 2002, enviada pelo Fabio Schunck

Centro de Estudos Ornitológicos

Lista das Aves do Núcleo Curucutu

Parque Estadual da Serra do Mar

Com base em duas visitas realizadas em 17/3/2002 (JM, LFF, RP) e em 7 e 8/9/2002 (CG, LFF, RP). Observadores: Carlos Gussoni, Jeremy Minns, Luiz Fernando Figueiredo e Ricardo Pires.

TINAMIFORMES
Tinamidae
Crypturellus obsoletus inhambu-guaçu Brown Tinamou
 
CICONIIFORMES
Cathartidae
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture
ANSERIFORMES
Anatidae
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal
FALCONIFORMES
Accipitridae
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk
Falconidae
Micrastur semitorquatus gavião-relógio Collared Forest-Falcon
Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara
CHARADRIIFORMES
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing
COLUMBIFORMES
Columbidae
Columba picazuro asa-branca Picazuro Pigeon
Columba plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon
PSITTACIFORMES
Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Pileated Parakeet
Pionus maximiliani maitaca-de-maximiliano Scaly-headed Parrot
APODIFORMES
Apodidae
Streptoprocne zonaris andorinhão-de-coleira White-collared Swift
Trochilidae
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit
Phaethornis pretrei rabo-branco-de-sobre-amarelo Planalto Hermit
Chlorostilbon aureoventris besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald
TROGONIFORMES
Trogonidae
Trogon surrucura surucuá-de-peito-azul Surucua Trogon
PICIFORMES
Picidae
Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker
Veniliornis spilogaster pica-pauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker
PASSERIFORMES
Suboscines
Scytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo
Formicariidae
Batara cinerea matracão Giant Antshrike
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Rufous-tailed Antbird
Drymophila malura choquinha-carijó Striated Antbird
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater
Furnariidae
Synallaxis spixi joão-teneném Chicli Spinetail
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner
Dendrocolaptidae
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper
Lepidocolaptes fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper
Tyrannidae
Phyllomyias virescens poiaeiro-verde Greenish Trannulet
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet
Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet
Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant
Todirostrum plumbeiceps ferreirinho-de-cara-canela Ochre-faced Tody-Flycatcher
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill
Myiophobus fasciatus filipe Bran-coloured Flycatcher
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila
Myiarchus tyrannulus maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado Brown-crested Flycatcher
Myiarchus swainsoni irrê Swainson’s Flycatcher
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird
Pipridae
Chiroxiphia caudata tangará Blue Manakin
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis
Cotingidae
Carpornis cucullatus corocochó Hooded Berryeater
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird
Oscines
Hirundinidae
Notiochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow
Troglodytidae
Thryothorus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren
Troglodytes musculus corruíra Southern House-Wren
Muscicapidae
Turdinae
Platycichla flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush
Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet
Emberizidae
Parulinae
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler
Basileuterus leucoblepharus pula-pula-assobiador White-rimmed Warbler
Thraupinae
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager
Thraupis sayaca sanhaço-cinzento Sayaca Tanager
Stephanophorus diadematus sanhaço-frade Diademed Tanager
Emberizinae
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow
Poospiza lateralis quete Red-rumped Warbling-Finch

 

Oportunidades fotográficas e por que vale a pena

O avistamento do corocochó foi incrível. E com uma audição ornitológica e um bom playback, provavelmente teríamos visto mais bichos. Mas em geral apareceram poucas aves, e apesar da época ser ruim, a informação que temos é de não esperar que seja muito diferente. A Ju foi num mês de dezembro, e viu mais aves.

Só pegamos um pouco de neblina no final do passeio, já perto do meio-dia, mas o Fábio falou que não é raro ter bastante neblina desde manhã.

O passeio vale a pena para quem gosta de pegar um pouco de estrada de terra, caminhar por trilhas e passar por cenários bonitos. Se você gosta de botânica, também é um prato cheio, há muitas orquídeas e outras flores.

Apesar de ter voltado com poucas fotos, gostei muito do passeio e voltaria a passear no parque.

O Wesley nos contou que a região de Juquitiba não é aberta à visitação, mas tem uma mata muito boa, em que eles veem bichos diferentes (e descreveu aves que talvez sejam borralhara, matracão, chocão-carijó). Quem sabe no futuro essa área seja aberta para visitação e será um motivo a mais para passarinhar no Curucutu.

Precisamos visitar e valorizar as áreas naturais de São Paulo, para diminuir a chance dos Skaf e Camargo Corrêa da vida conseguirem concretar tudo e transformar em área para jatinhos executivos.

Mais informações sobre o Curucutu

http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/blog/brasil-das-aves/os-incriveis-campos-nebulares-de-sao-paulo/2012/04/13/

http://www.ceo.org.br/onde/Curucutu/curucutu.htm

http://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FCidades%2FNao-e-de-um-aeroporto-que-o-extremo-sul-de-Sao-Paulo-precisa%2F38%2F30754 “O distrito de Parelheiros, no Município de São Paulo, presta enorme serviço ambiental à região Metropolitana com suas matas nativas e cursos d’água. Apenas uma sociedade alienada em relação à sua própria realidade pode desconhecer a importância, a beleza e a biodiversidade de um ecossistema que raras cidades no mundo podem apresentar nos arredores, como é o caso dessa região. Mas ela é ambientalmente frágil e exige ser preservada.”

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,com-pressao-de-manifestantes-comissao-da-camara-aprova-plano-diretor,1157549,0.htm E quase autorizaram a construção de um aeródromo para jatos executivos na região de Parelheiros, 4 milhões de metros quadrados   concretando uma área de proteção ambiental na várzea do Rio Embu Guaçu, principal formador da represa Guarapiranga. A empresa que queria construir entrou com o pedido três vezes no Tribunal de Justiça, foi negado três vezes, e depois ainda tentou se inserir numa brecha do Plano Diretor do município. Parece que agora está fora do perigo, mas nunca se sabe.

Estrutura e como chegar

O Curucutu não tem lanchonete. Leve sua água e lanche, e vá com roupas apropriadas para andar em trilha: sapatos fechados, calça comprida. Leve sempre protetor solar e repelente. É imprescindível reservar a visita. Agende por um dos telefones neste link:

http://www.ambiente.sp.gov.br/parque-serra-do-mar-nucleo-curucutu/

Quando ligar, diga que é observador de aves e gostaria de ir o mais cedo possível. Antes de eu falar que era birder, o monitor propos o passeio para às 9h30, quando soube, falou que podíamos começar às 8h. Disse que não era possível começar antes. Confirme se não há restrição à fotografia amadora, independente do tipo de equipamento. Até agora não tinha, mas o gestor mudou nesta semana, e ainda não sabemos se ele entende ou se tem aquelas ideias erradas de que só profissional tem câmera grande.

A sede tem construções novas, com salão para palestras e sanitários.

Para chegar, este link ajuda em parte. http://www.ambiente.sp.gov.br/parque-serra-do-mar-nucleo-curucutu/como-chegar/. Seguimos as instruções, mas a partir da cidade de Paralheiros começou a fica confuso. Erramos, fomos parar na Estrada da Colônia, depois resgatamos as instruções do Mochileiros, e também pedimos informação na rua.

Pelo Waze ou GPS é fácil chegar até Parelheiros: Marginal Pinheiros, Av. Senador Teotônio Vilela e Av. Sadamu Inoue. O Waze também consegue encontrar Engenheiro Marsilac.

– Chegando em Paralheiros, você verá a única igrejinha, num ponto central. Entre à direita. (na primeira vez viramos à esquerda e caímos na Estrada da Colônia. Estrada da Colônia é o caminho errado)

– Você andará alguns quilômetros e verá uma bifurcação, indicando Engenheiro Marsilac pra um lado, Embu-guaçu para o outro. Siga para a Engenheiro Marsilac

– Você chegará ao bairro Embura, onde tem um posto de PM bem pequeno à esquerda, e em frente uma igreja amarela. Entre à direita logo depois da igreja.

– Depois de cerca de 1km você verá uma ponte sobre uma ferrovia. Logo começa o trecho de terra, que não está tão ruim até a entrada do parque. São cerca de 18 km. Em algumas bifurcações há uma placa discreta, escrito “Parque Estadual da Serra do Mar”. Outro detalhe que ajuda são bolas coloridas pintadas nos postes: bolas verdes, e depois bolas vermelhas e pretas. Siga as bolas. Tentei anotar se é para a esquerda ou direita na maioria das bifurcações, mas não tenho certeza se está tudo certo, procure sempre achar a tal placa de Parque Estadual da Serra do Mar. Em alguns casos, havia bifurcação para alguma estrada bem estreita, nesse caso nem anotei, não considere. Você seguirá por algo que tem cara de estrada de terra principal até chegar numa placa grande de madeira escrito Núcleo Curucutu. Andará mais alguns quilômetros e chegará na portaria.

– seguem as indicações a partir da ponte sobre a ferrovia: Assim que você cruzar a ponte sobre a ferrovia, vire à direita. Bifurcação seguinte: esquerda. Depois: direita. Outra: esquerda. Depois: direita – neste ponto provavelmente você estará na bifurcação que fica em frente a um pequeno bar, e nessa há uma placa de Parque Estadual bem visível – você vai andar um pouco, verá que passará pelo Rancho das Ferroadas. Outra bifurcação: à direita. Vai andar mais um pouco, passará em frente a uma Assembleia de Deus. Depois esquerda. Outra: esquerda. E deve chegar na tal placa grande.

– Dentro do parque há uns 2km até a sede, com pedras, buracos e trechos atoláveis. Esse pedaço realmente estava ruim, mas estávamos num Ecosport e a Juliana sabe dirigir em estrada de terra, então passamos sem problemas.