Um hobby caro, mas que vale a pena pelo menos experimentar, pela oportunidade de ir para outra dimensão

  • Texto: Claudia
  • Fotos: Marinhas são do Cris, várias do barco são do pessoal da Maracaibo (peguei do Facebook deles), e há algumas tiradas pelos dive masters e instrutores. Tem fotos da saída agora nos dias 24 e 25 de maio, e também do curso na piscina em abril. Curso em São Paulo, check out em Paraty.
  • É um texto comprido pra variar, mas descreve problemas de quem quase desistiu. Agradeço ao Marcel, nosso tour leader, e ao Diego Takei Cortizan (meu instrutor do check out) que leram o post inteirinho com atenção e corrigiram e acrescentaram informações :o)

Queria deixar claro: mergulhar é muito legal! O que descrevi do que passei, não é com todo mundo. A maioria das pessoas faz o curso sem problemas, passa no exame na primeira vez, já emenda com o avançado, e logo está fazendo muitos passeios. Quis compartilhar minha experiência para mostrar que mesmo tendo um começo adverso, no dia seguinte tudo pode ser diferente e você começa a descobrir a delícia de mergulhar.

Prós: mergulhar de cilindro te coloca em outro mundo, com densidade e velocidade diferentes, locomoção diferente. É como voar em câmera lenta, desafiar a gravidade. Além do fascínio dos movimentos, você consegue ver de perto a fauna marinha, com alguma sorte até mesmo seres espetaculares como arraias de mais de 7m de envergadura, tubarões, tubarões-baleia.

Contras: há uma pequena curva de aprendizado. É um hobby caro. Se você não encontrou uma roupa que lhe sirva bem, vestir o neoprene pode ser uma tortura. Especialmente no começo é tudo extremamente desconfortável: roupa apertada, dar alguns passos com uns 30kg de equipamento, não poder respirar pelo nariz, máscara que embaça, máscara que inunda, câimbras. Mas juro: mesmo quem se apavorou no primeiro dia, no segundo já está nadando feliz, sem querer sair da água.

Não foi minha primeira vez na água. Nove anos atrás eu já tinha tentado, mas peguei um instrutor levemente sádico e desanimei de ir fazer o check out. Desta vez eu e o Daniel fomos fazer o curso no Diving College, e nossa instrutora era uma mulher muito gentil, a Daniela Tagas, com o Alexandre – Dive Master, de apoio.

O curso para Open Water Diver do PADI (Professional Association of Diving Instructors) lhe permite se tornar um mergulhador autônomo. É diferente do batismo, que é quando você vai para algum destino turístico, põe o cilindro, a máscara e a nadadeira e um profissional te leva para passear. O curso tem uma parte teórica que exige assistir a um DVD, ler uma apostila grande, fazer prova. Tem muito conteúdo, mas é basicamente para martelar na sua cabeça “há muitos riscos no mergulho. Mas milhares de pessoas mergulham há décadas, sem qualquer problema, basta seguir estas recomendações simples: nunca prenda a respiração, especialmente quando estiver subindo. Siga as regras”. As regras são os procedimentos de segurança, planejamento do passeio, checagem de equipamento e tempo e profundidade máxima que você pode atingir.

Fizemos o intensivo de final de semana, das 9h às 18h (há escolas em que você pode fazer online – a parte teórica, ou à noite durante a semana. O On Line é um curso chamado eLearning e pode ser feito por qualquer um em qualquer lugar do  mundo… daí é só escolher o Dive Center para tirar dúvidas e agendar a ida ao mar. Besse caso você paga ambos… eLearning + escola… mas tem o conforto de fazer a teoria onde quiser a hora que quiser.). O Daniel se deu muito bem, fez todos os exercícios na piscina bem certinho, e acertou quase tudo da prova – eu errei nas contas, e já sabemos quem não vai fazer o planejamento do mergulho. Consegui fazer o desalagamento da máscara – meu terror nove anos atrás, porque o instrutor arrancava sua máscara de surpresa, mas descobri o que é a tal exaustão, por ter sofrido muito para colocar meu cinto de lastro de 8kg dentro da água, tendo que driblar o volume do colete e do cilindro.

O curso é muito chato. Além da carga teórica, não há graça nenhuma em mergulhar em piscina, e fora isso você tem que fazer diversos exercícios simulando imprevistos e problemas, como o que fazer se acabar o ar, se entrar água na sua máscara, se o regulador falhar, se o regulador soltar ar demais, se o tubo de ar desconectar da traqueia, se seu cinto de lastro soltar, se você se enroscar e precisar tirar seu colete. Alguns desses exercícios você terá que fazer no check out do básico, outros no check out do avançado.

Fizemos o curso no final de abril, e a saída seguinte era só no final de maio. O esquema foi pegar um ônibus fretado na sexta à noite, nossas saídas seriam em Paraty, um local conhecido por ter pouca fauna marinha, em geral baixa visibilidade, mas águas bem tranquilas. A ida pra Paraty não foi tranquila. Pessoas atrasadas. Trânsito de sexta-feira. Chegamos no hotel eram 3h da manhã. Observação do Marcel: “Paraty (como o mundo todo, conforme você relatou ) já teve melhor situação… mas ainda há muito o que ver. No check-out, especialmente de básico, a gente faz muito barulho, o que faz com que os peixes se escondam… com um pouco de experiência ficamos mais silenciosos e daí vemos bem mais animais. Além disso o aluno de básico está ainda desconfortável na água, concentrado em não errar, em manter a flutuabilidade, etc… e com isso acaba não vendo o que está ao seu redor”.

Fomos acordados às 9h. Tomamos café, saímos às 9h45. O hotel Eclipse fica a uns 15 minutos da marina. Chegando lá, mais uns 45 minutos até a praia da Conceição. Logo que entramos no barco, era preciso experimentar as roupas. Felizmente o dia estava nublado, um desconforto a menos. Há roupas feitas sob medida, ou há roupas prontas com mecanismos ótimos como zíperes nas extremidades. Mas para roupas alugadas você não pode esperar muita coisa. Eu tenho muita panturrilha, então não estava achando estranho sofrer tanto para tentar colocar a primeira roupa que me deram. Sofri de esfolar os nós dos dedos, sangrar na unha. Mas aí reconheci que era pequena demais, pedi outra. Que também foi sofrida para passar pela panturrilha, era comprida e grande em algumas partes, apertada em outras, mas deu certo. Montamos o equipamento, e quando chegamos perto da ilha, era o momento de colocar o cinto de lastro, a máscara, o colete com o cilindro, as nadadeiras, e entrar na água. Nesse momento você terá uns 30kg de equipamento em volta do seu corpo, estará com uma roupa apertada e desconfortável, andando desengonçado, com um campo de visão extremamente limitado e se preparando para o grande desconforto de ter que respirar pela boca e não pelo nariz.

Tive dificuldade para descer. Teoricamente seu lastro será 10% do seu peso, mais uns 2kg, mas isso não foi o suficiente pra mim. Inexperiência, talvez o volume da roupa de duas peças de 5mm, que ficava grande em algumas partes. Eu estava com 8kg, mas meu instrutor teve que colocar mais 4kg no meu colete. Fazia com que eu me arrastasse pelo fundo e fosse preciso inflar o colete, mas foi a garantia de afundar. Finalmente lá embaixo é o momento de ficar ajoelhado na areia e fazer os exercícios que você treinou na piscina. Começamos pela perda e recuperação do regulador (a parte que você põe na boca pra respirar). Fácil. Pivô: deitar no chão de bruços, subir e descer inflando e soltando o ar dos pulmões – tranquilo. Alagamento da máscara: pânico. Alaguei minha máscara e de repente não sabia o que fazer. Não consegui aspirar o ar, na verdade inspirei, entrou água pelo nariz, inundou o regulador, não consegui assoprar e tirar o ar, e subi desesperada – que é tudo que você não pode fazer. Naquela profundidade não havia riscos, mas se você for um pouco mais fundo, você nunca pode subir rápido, sob risco de embolias e doenças descompressivas.

Logo saímos da água. Intervalo, lanche, e seria o segundo mergulho. O Daniel não tinha conseguido: no primeiro mergulho caiu na água, reclamou de frio, saiu e não voltou mais. Eu estava me sentindo derrotada por ter apavorado, e até comecei a sentir um leve enjoo, e pensei em não descer mais. Mas decidi que precisava tentar, e lá fomos nós.

No nosso grupo havia mais duas garotas, de 11 e 12 anos. Elas também tinham passado por problemas. Uma delas estava resfriada, congestionada, e não tinha conseguido equalizar, o ouvido doía muito. Na segunda descida nosso instrutor, o Diego, que contava com o apoio do Lucas, Dive Master, decidiu que não forçaria os exercícios, e tentaria só passear um pouco com a gente. (O Dive Master está abaixo do instrutor, e quando eles acompanham os exercícios, estão treinando para serem instrutores). Apesar dos momentos em que respirar ainda era difícil, e parecia que ia faltar ar, com pouca fauna marinha e visibilidade de uns 3 a 4 metros, ainda assim foi interessante. Tentei fazer de novo o exercício de desalagar a máscara, mas continuei fazendo errado, respirando pelo nariz, engolindo água, pensando que talvez eu realmente não prestasse para a vida marinha.

Na volta para a terra o Daniel dormiu encostado em mim. As outras pessoas do grupo vinham olhá-lo, perguntar se ele estava mesmo dormindo. Já dentro do ônibus, nosso tour leader avisa que iríamos aguardar para dar carona pra um outro grupo de mergulhadores que chegaria em breve, mas acho que foram mais de 40 minutos de espera. Finalmente no hotel o Daniel se arrastou pra cama e não saiu mais de lá. Dormiu como um bacalhau, não conseguimos nem dessalgá-lo. Não saímos pra jantar: o Cris foi comprar uns salgados no posto perto do hotel, comemos empada e coxinha dentro do quarto, e na verdade eu nem o vi sair perto das 21h, quando ele pegou um táxi e foi pra cidade comprar uma lycra com neoprene pro Daniel.

No dia seguinte o Diego nos explicou que como queimamos o primeiro mergulho, não conseguiríamos mais nos certificar como Open Water Divers. Seria preciso fazer outro check out, e naquele dia iríamos passear, e faríamos alguns exercícios se ele achasse que estávamos tranquilos.

Fomos para a Ilha dos Meros, a uma hora de barco. Daniel tinha dormido mais de 13h, mas ainda reclamava de sono e frio. No caminho ele até vestiu a roupa de neoprene, mas estava com uma cara bem infeliz, e dizíamos pra ele que ele só ia mergulhar se ele quisesse, que não precisava fazer nada forçado. No café da manhã ele tinha falado que ia tentar, mas no caminho desanimou por algum motivo, e disse que não ia descer. Uma pena. O Cris ficou se perguntando se não devia ter insistido para ele ir, que talvez fosse só uma resistência inicial e ele ia gostar, mas e o meu medo de traumatizar? Não forçamos, e ele ficou no barco lendo Rangers.

Quanto a mim, dessa vez não foi tão sofrido vestir a roupa, mesmo com o desconforto dela molhada e um leve cheiro de mofo. O cinto do lastro também já não incomodava, e entrei na água me sentindo bem mais tranquila. Logo que entrei falei pro Lucas que queria tentar o alagamento da máscara, naquele esquema de me segurar na corda. Fiz uma vez, deu certo. Ele falou pra eu fazer de novo. Fiz umas três vezes e só percebi que ele tinha me puxado pro fundo porque de repente senti a pressão no ouvido.

Fizemos o exercício de subida com fonte alternativa de ar (quando seu ar acaba, e você precisa usar o octopus do seu dupla – é fácil, nos equipamentos de hoje sempre há um regulador de sobra pra situações como essa). Eu precisava ter feito mais três exercícios, um deles seria tirar e colocar a máscara embaixo da água. Acho que eu conseguiria fazer, mas não pedi pro Diego, e ele também não me pediu – provavelmente considerando meu pânico do dia anterior. Ele preferiu deixar esses três para meu próximo check out. Por enquanto sou uma Scuba Diver, que significa que eu posso mergulhar se estiver acompanhada de um profissional – um Dive Master ou um instrutor. Não achei ruim. O Cris já fez mais de 80 mergulhos, mas isso 12 anos atrás. Lembrando do pânico e das coisas erradas que fiz no primeiro dia, a ideia de ainda passar alguns mergulhos na companhia de um profissional é bem tranquilizadora.

No domingo a visibilidade estava melhor, vimos mais peixes. Um dos grupos viu até uma arraia-chita. Depois dos exercícios nos separamos: o Diego ficou com as meninas, o Lucas ficou comigo e com o Cris, só passeando. E só então comecei a mergulhar de verdade: percebi que não tinha mais falta de ar, na verdade na maior parte do tempo esquecia do regulador e respirava sem pensar, não sentia desconforto com o equipamento, e mesmo o enrosco com a máscara não incomodava– eu tinha colocado na posição errada, ou algo assim, e ficava entrando água, fiquei o tempo todo com o nariz submerso, um dedo de água na lente. De vez em quando eu a desalagava, mas não era um problema.  Minha flutuabilidade ainda era péssima: eu estava carregando 12 kgs de pedras, e na maior parte do tempo me arrastava pelo chão. O Lucas fazia sinal para inflar um pouco o colete, mas eu não queria inflar muito, com medo de subir, como já tinha acontecido. Há mais peixes perto das pedras, mas lá o mar é mais agitado, nos aproximamos um pouco, vi peixes diferentes, mas logo o Lucas nos tirou de lá. O Cris fez sinal de que estava com frio, o Lucas nos levou até a corda, mas eu fiz sinal de que não queria subir. Demos mais uma voltinha e depois subimos. Eu queria ficar mais, mas achei que já era abuso, ainda tinha ar mas já estava há quase uma hora dentro da água. Quando o Lucas fez sinal para subirmos, subi lentamente olhando pra cima, vendo a luz do sol filtrada na água e finalmente me sentindo um mamífero aquático.

Quanto custa

No Diving College o curso custa R$ 500, e a saída para Paraty custa R$ 1.300. O preço no Scuba Point era semelhante (São Paulo – SP, maio/2014).

Depois de fazer o curso, para praticar seu hobby continua sendo caro se você não mora bem perto da praia. O Cris pagou R$ 1.100 pelo final de semana (4 mergulhos, transporte, hospedagem com café da manhã e lanche no barco no sábado, aluguel de equipamento). Umas 6h de passeio em Ubatuba, com dois cilindros e aluguel de equipamento, não sairá por menos de R$ 300 / pessoa (se quiser mergulhar no sábado e no domingo, serão 600 + transporte, hospedagem, alimentação). Uma das operadoras da Laje de Santos, local famoso pela fauna marinha e por ser visitado ocasionalmente por arraias-manta e até tubarão-baleia, cobra R$ 360 + aluguel de equipamento. Ou seja: se for pra contar transporte, hospedagem, mergulho no sábado e no domingo, aluguel de equipamentos, é difícil seu passeio sair por menos de R$ 1.000 nas praias de São Paulo ou mesmo Paraty. Parece que em Santa Catarina é mais barato.

Infelizmente, como acontece em quase tudo, mergulhar no Brasil é mais caro do que mergulhar no exterior. Ainda mais quando você compara com destinos turísticos como Bonaire ou Tailândia, em que você estará já na praia, de férias. Pra ficar claro: não acho que as escolas cobrem preços abusivos – senão não teria feito o curso. Reconheço o valor da estrutura, conhecimento e experiência dos profissionais. Mas o fato é que infelizmente, na hora de comparar, em geral as viagens no Brasil são sempre mais caras do que similares no exterior. Imagino que seja uma questão de custo-Brasil, política de turismo, infraestrutura, e volume de turistas.

Todos esses pontos de mergulho sempre têm equipamentos para alugar. Para comprar é caro, por motivos óbvios. Inclusive os passeios nesses locais que têm muitas ofertas, o conselho dos instrutores é de não se guiar pelo preço: não pegue passeios muito baratos. Você não quer correr o risco de equipamentos com defeito, instrutores mal preparados etc.

E por fim, um problema que toda natureza enfrenta, mas infelizmente no mar parece mais intenso ainda: se você quer experimentar o prazer de ver a fauna marinha, vá logo. Há algumas exceções, mas a situação geral é de piora crescente. Poluição, pesca desenfreada, turismo descontrolado, obras em que os relatórios dos oceanógrafos não servem pra nada. De qualquer parte do mundo você lerá relatos dos mergulhadores sobre o quanto a fauna marinha definha. Nadar como um mamífero marinho sempre será um prazer, mas se quiser aproveitar para observar os animais de perto, vá o quanto antes.

http://viajeaqui.abril.com.br/blog/viajar-bem-barato/10-razoes-para-embarcar-num-liveaboard-de-mergulho-na-tailandia-e-ja/ (aqui a jornalista dá uma ideia boa: fazer uma viagem para Caribe, México ou Tailândia e fazer o curso por lá. Em geral os cursos são mais baratos do que no Brasil, e você já faz os mergulhos lá, na companhia dos instrutores. O Caribe, e provavelmente vários outros destinos bons para mergulho, são bem mais baratos do que o Nordeste, mesmo contando a parte aérea).

Ideia de valores dos passeios no  Brasil:

http://www.narwhal.com.br/turismo.php

http://www.nds-mergulho.com.br/?pg=saidas

http://www.scubapoint.com.br/scubapoint/portugues/Calendario/calendario_saidas.aspx

http://www.lajedesantos.com/site/

http://www.patadacobra.com.br/tarifario/index.html(em Bombinhas – SC, escola tradicional, onde o Cris fez o curso. Preços melhores).

http://www.divingcollege.com.br/. A escola onde escolhemos fazer o curso. Recomendo. Um pessoa muito simpático, gentil e competentes. O instrutor e dive master do curso foram ótimos, os do check out também. Todo mundo muito atencioso e dedicado.

https://www.facebook.com/maracaibo.mergulho?fref=ts. A operadora que nos levou em Paraty, No Facebook deles dá para ter uma ideia de como é o ambiente de barco. Também recomendo. Equipe atenciosa e profissional.

Informações do Marcel sobre algumas viagens de mergulho (O Marcel tem muita experiência em viagens de mergulho, e pelo o que andei comparando os valores são melhores do que de outras operadoras).

Live Aboard em Bahamas ( barco AquaCat ) U$4.500,00.

Bonaire custa U$2.600,00 e se faz muitos mergulhos por serem de praia (muitas vezes até 6 mergulhos por dia )…. em 7 dias seriam 42 mergulhos. (poucos conseguem fazer tantos em tão pouco tempo )
Em Noronha cada saída de mergulho com dois mergulhos custa R$300,00… 42 mergulhos seria 21 saídas… ou 21×300 = R$6.300,00….. + 3.250 do aéreo e hotel + 410 de taxas aproximadamente = 9.960…. + alimentação na semana, souvenirs, gorjetas…. uns 700…. dá cerca de 10 a 11 mil reais…

E o legal é que quem vai sempre quer voltar por ser sensacional. 8-) 

Mais informações

Quanto tempo dura um mergulho? Em média 40 minutos, mas varia muito (e você pode sair da água e mergulhar de novo, leia abaixo). Em profundidades maiores você pode ficar menos tempo. Há uma tabela que diz quanto tempo você pode ficar em cada profundidade, e também computadores (esses relógios grandes nos nossos pulsos) que medem a que profundidade você estava, por quanto tempo ficou.

Você sai da água, faz um intervalo para comer alguma coisa (mergulhar dá muita fome), em alguns casos troca o cilindro, e pode mergulhar de novo se quiser, a uma profundidade menor do que você estava antes. Sempre seguindo as orientações da tabela. Ela contém as informações sobre quanto tempo em média as pessoas podem ficar embaixo da água de forma segura, e quanto tempo elas têm que ficar fora da água antes do mergulho seguinte. Tudo isso por causa do acúmulo de nitrogênio no corpo. O ar que respiramos é composto de oxigênio e nitrogênio. Fora da água, eliminamos o nitrogênio naturalmente. Dentro da água não é possível, e por isso há os limites do quanto você pode ficar sem riscos de doenças descompressivas. A tabela é conservadora e rigorosa. Ultrapassar o tempo máximo em 1 minuto já te penaliza a fazer uma parada de segurança de 8 minutos antes de emergir, quando estiver a 5 metros da superfície. Se você ultrapassar o limite em mais de 5 minutos, terá que ficar parado por pelo menos 15 minutos antes de subir e só poderá mergulhar de novo depois de 24h. Se você ingeriu bebida alcoólica, não poderá mergulhar por 24h.

Qual a profundidade máxima que você pode mergulhar?

Básico………. máximo 18 metros
Avançado….. máximo 30 metros
Deep…………. máximo 40 metros
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Idade mínima? 10 anos. Dos 10 aos 11 você só pode mergulhar até 12 metros. A partir dos 12 o limite aumenta para 18m – mas sempre acompanhado de um adulto certificado. A partir dos 15 pode ser mergulhador autônomo.

Bubblemaker                    – 08 a 10 anos
Júnior Open Water Diver – 10 a 15 anos e saber nadar
Open Water Diver            – 15 anos completos e saber nadar

 

Conclusão: Pra quem mora longe do mar, é meio desanimador pensar em gastar R$ 2.500 para o casal num fim de semana. Infelizmente não é simples e barato como passarinhar. Mas se você tiver oportunidade de planejar alguma viagem casada com curso de mergulho, vale muito a pena. Mesmo que você não consiga ir mergulhar com frequência, é uma experiência incrível. O PADI não exige, mas recomenda que quem não mergulha há 6 meses – um ano, volte ao Dive Center  para um Refresh. O Cris foi pra piscina com a gente, ficou nas aulas teóricas, e voltou pra água depois de 12 anos sem problema algum. Queria que todo mundo pudesse ter o mergulho na sua bucket list.