Em novembro de 2014 eu e o Cris fomos pra Las Vegas. O Cris foi fotografar Bruno Foster, o primeiro brasileiro a chegar numa mesa final do WSOP – o campeonato mundial de poker. Eu fui de companhia, fotografei um pouco do torneio, passarinhei. Neste post coloquei as informações sobre os restaurantes que conhecemos.

Grande mérito para o Raku – o restaurante japonês mais impressionante que experimentamos e inexplicavelmente barato pelo o que oferece. Comemos refeições dignas de restaurante estrelado, e pagamos US$ 100, isso porque pedimos sakes especiais.

Os pratos que envolvem caldos são sublimes – quantas vezes você tem a oportunidade de colocar algo na boca e se surpreender? O ovo poche com ovas de salmão, ovas de ouriço, cogumelinhos, e cubinhos de batatas selvagens bem firmes (poached egg with sea urch). O pudim de ovo com foie grass e uma fatia de carne de pato também, maravilhoso (foie grass chawanmushi). Outro prato famoso: o tofu frito imerso em molho, o agedashi tofu. No Brasil há restaurantes que fazem bem esse prato, mas o do Raku o tofu tem uma consistência diferente, o caldo é muito delicioso, e ainda vem acompanhado de ovas de salmão. Comemos lá duas noites, mas teríamos comido mais vezes.

Uma observação sobre o Raku: quando você colocar o endereço no GPS, vai entrar no estacionamento de um pequeno centro comercial e verá primeiro o Raku desserts. Dependendo do horário que você for estará fechado, não se assuste. O Raku restaurante é alguns metros pra frente. Na alta temporada, julho, é preciso fazer reserva em quase qualquer lugar. O Raku não está no Open Table, e não atende telefone. Não é longe da strip, vale a pena. Nós fizemos reserva pra um dos dias e no outro só aparecemos umas 23h e demos sorte de ter mesa.

Almoçamos um dia no Mint Indian Bistro. Comida de buffet, boa. E indianos de verdade almoçando lá, o que sempre é um bom sinal. O blog que o Cris tinha lido recomendava o a la carte, mas o serviço só começava às 15h, e não tínhamos tempo.

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Também experimentamos o China Poblano a mistura do China com o México, gostoso. Comemos pouco, mas os pratos das outras mesas pareciam bem bonitos, especialmente as variações de dumplings. Aqui são os guiozas.

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Você não vai acreditar, mas em Las Vegas são poucos os restaurantes que ficam abertos depois das 23h. O Raku fica até umas 2h e pouco, na região dos Cassinos tem o Sushi Samba, e na rua do Raku há vários orientais. Numa das noites que tentamos ir ao Raku, achando que ele ficava aberto até às 3h como está no site (3h é o horário em que ele fecha mesmo, não o último horário de entrada), já estava fechando, e tivemos que procurar outro – mas aproveitamos pra fazer reserva pra dali a duas noites. Paramos em um vietnamita, o Pho Kim Long (não é trocadilho, é o nome mesmo do lugar). Cheio de gente, comida barata e que veio rápida. Razoável, mas nada especial.

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Numa das manhãs tomamos café no The Griddle, no SLS Hotel & Cassino, porque o Cris estava com vontade de experimentar as famosas panquecas americanas. Tem seus méritos, mas é absurdamente grande, e não me entusiasmou muito. Um ano atrás meu triglicérides estava alto, meu cardiologista mandou eu beber muito menos, e desde então não consigo mais cair em esbórnias sem peso na consciência.

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Também fomos conhecer o El Sombrero, que tinha a fama de ser um bom mexicano, e o mexicano mais antigo de Las Vegas. Bonzinho, mas nada impressionante.

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Depois eu vi que o Yelp tem muitas informações sobre os restaurantes de Las Vegas. Em Nova York, em 2012, o Yelp foi bem útil, todos os lugares que diziam ser bons eram mesmo. Em 2013 no sul da França não foi. Achamos que era por ter menos volume de críticas, e um público mais heterogêneo. No caso de Las Vegas há centenas de resenhas, acho que dá pra confiar. O Raku, por exemplo, é o segundo japonês da lista.