Este post faz parte da viagem para o Death Valley em janeiro de 2016. Primeiro eu havia publicado num post só, depois achei que valia a pena dividir em dois. Na ida para Los Angeles escolhemos uma conexão que ficava 7h na Cidade do México, e aproveitamos para passear pelo Centro Histórico e pelo incrível Museu de Antropologia.

 

[Atualização] Infelizmente em outubro de 2016, quando fomos pra Yosemite, o voo atrasou, tivemos que passar um dia na Cidade do México e tentamos fazer o mesmo esquema de passear, mas passamos pelo perrengue de sermos roubados pela polícia do México. Alugamos um carro por algumas horas para ir visitar umas pirâmides que ficavam próximas, nosso carro foi parado pela polícia, eles exigiram carteira internacional de direção. É mentira que é necessário. Tínhamos visto antes, e depois perguntamos pra locadora, eles nos falaram que é mentira mesmo, mas que não há nada pra se fazer, que o país é assim mesmo. A polícia queria US$ 800. No meio da Cidade do México, policiais roubando turistas na cara dura. Na hora de devolver o carro também foi chato pegar um atendente querendo nos cobrar uma diária e meia, apesar de termos ficado com o carro por menos de 5h. Depois dessa experiência perdemos a vontade de passear pelo México. http://claudiakomesu.club/roubados-pela-policia-da-cidade-do-mexico/. Ainda achamos que as conexões baratas pelo México e Panamá valem a pena, mas perdemos a confiança de pegar um carro e aproveitar umas horas na cidade.

No voo da ida escolhemos uma conexão que ficava 7h na Cidade do México. Deixamos as mochilas pesadas num locker e pegamos um táxi pra cidade. Passeamos pelo Centro Histórico, e depois fomos para o Museu de Antropologia, um lugar incrível, tanto pela arquitetura quanto pelo acervo. Esculturas e exemplos de arquitetura doído de ver… tanta glória que acaba de repente. Uma das hipóteses é que o declínio da civilização Maia (que talvez tenha chegado a ter 13 milhões de pessoas) esteja relacionado com grandes secas. Estudando estalagmite e comparando com as ruínas, os cientistas viram que houve uma seca que durou 10 anos, outra de 15 anos, e uma outra que durou 100 anos, no ano mil, e foi o fim da civilização Maia.

A cidade de Tenochtitlán, hoje Cidade do México, tinha 300 mil habitantes em 1500, quando os espanhóis chegaram e acabaram com tudo.

Todos sabem da predileção desse povo pelos sacrifícios humanos. Mas a violência não era exclusividade de prisioneiros de guerra, bebês indefesos ou pobres coitados. Guerreiros se ofereciam para o sacrifício, e reis e rainhas passavam por cerimônias privadas em que perfuravam línguas, orelha, pênis: com o objetivo de sentirem dores excruciantes e assim atingirem um estado de consciência que os permitia receber revelações importantes sobre o futuro do povo.

Estávamos bem cansados da viagem, quase pifando, mas valeu a pena a visita. O único cuidado é com o horário do retorno ao aeroporto. Você tem que lembrar que a Cidade do México tem um trânsito terrível, tipo São Paulo na hora do rush, então você tem que se programar para ter bastante tempo para imprevistos.

Los Angeles, Death Valley NP, Joshua Tree NP, jan/16