Nossos três japoneses favoritos
Shin Zuzhi – o melhor sushi
Peixes com textura e sabor que você não encontra em outros lugares. Gohan de grãos pequenos e firmes, bem temperados. Quando queremos um sushi totalmente satisfatório, é lá que vamos.
Reconheço. Dois anos atrás era melhor, na verdade era incrível. Depois decaiu, paramos de ir, e mais ou menos um ano atrás voltou a ser bom. É o melhor que a gente conhece, mas ainda não é tão incrível como costumava ser.
É caro. Um prato de sushi individual especial sai por uns R$ 70, mas vale o preço.
Costumamos pedir um combinado individual, às vezes dois. Mas é comum ser o combinado ou o prato de sushis, precedidos por lamen e berinjela assada com missô. O temaki não vale a pena, muito pequeno pelo preço. Repare que o preço dos sushis é por unidade, não a dupla. Bom chá, servido em xícaras grossas que não queimam os dedos, louças bonitas. Japonês de verdade: abre às 18h.
Não é um lugar romântico, é um lugar família, com muitos japoneses, mas alguns casais ocidentais com cara orgulhosa. É comum ir lá no domingo e ter carrões com os motoristas esperando dentro, a gente sempre pensa que se tem um lugar pra levar um tiro no meio de um tiroteio da máfia, é lá. Iluminação forte. Não se intimide com o cardápio arrogante, escrito só com os nomes em japonês, sem fotos e sem explicações. As garçonetes são muito gentis, e você pode pedir explicação sobre tudo.
Shin Zushi
R. Afonso de Freitas,169
Paraíso – São Paulo
Tel +55.113889-8700
http://www.shin-zushi.com/
Fujiyama – ótimos temakis e anchova grelhada
É conhecido como restaurante do Daniel (o Daniel é o filho do Cris. Ele ainda é criança, mas é um dos membros do Heart3). O Dani e a Zezé que descobriram e nos levaram lá. Fica na região do Ceasa, o peixe está sempre fresco, não é caro. Ambiente familiar, bem iluminado, garçons eficientes, a comida vem bem rápido.
Nossos pedidos de sempre: missoshiro com vôngoles, temakis de salmão e de atum, com bastante peixe, pouco arroz, alga crocante (só o peixe, sem cream cheese ou cebolinha, wassabi à parte), meia anchova grelhada – muito boa, às vezes tempurá de legumes. Os temakis de ovas de salmão também são muito bons. Já pedimos o combinado de sushi, mas é muita comida, e esquecemos de pedir sem cream cheese.
Achamos que os temakis são melhores do que os sushis.
Em jul/13: 3 temakis, 1 tempurá de legumes, meia anchova grelhada, 3 missoshiros, um gohan, uma Original, um suco de laranja: R$ 130.
Fujiyama
Rua Bretano , 597 – Vila Leopoldina – São Paulo – SP
11 3831-4795 / 9942-2046
http://br.kekanto.com/biz/fujiyama-3
Kaburá – o izakaya certo pra comer robatas
É um izakaya: pequeno, bagunçado, com fumaça, mesas engorduradas, garçonetes que podem ser quase ríspidas em horário de pico, quando está cheio a comida demora, sua conta pode levar mais de 15 minutos porque só o dono é quem pode somar. Mas vamos sempre lá porque as robatas são sempre boas, os peixes assados também, tem um clima autêntico, despretensioso, gente alegre.
Os peixes são gostosos, mas muito caros, cuidado. E são daqueles japoneses que não aceitam cartão. Tem aquelas histórias de gente desavisada que pediu os peixes grelhados, sem saber que só aceitavam dinheiro, e depois quase não conseguiram pagar. Pra ter uma ideia: na galeria tem uma foto de um pedaço pequeno de peixe, em que pagamos R$ 58 (jul/13), e isso porque vinha muito osso.
O sushi não vale a pena. Não sei o motivo, o sushiman prepara com capricho e pose, mas simplesmente não é saboroso.
Nossas robatas favoritas: a batata (um must), quiabo, tulipa, shimeji, às vezes coração de frango ou picanha. Não costumo pedir porque é boi, mas já provei, e sei que a língua de boi é muito boa.
Kaburá
Rua Galvão Bueno, 346 – Liberdade
(11) 3277-2918
Fica aberto até tarde
Outros japas
Rangetsu of Tokyo – bom, com um sushiman genial (o Eijiro), mas qualidade do peixe varia
Ambiente antiquado engraçado, mais pro arrumadinho, como se fosse um restaurante de hotel 4 estrelas. Frequentado por famílias japonesas. Comida boa, um ex-sushiman do Shin Zuzhi, desses que morou um tempo no Japão, um rapaz muito simpático chamado Eijiro. Ele faz cortes ótimos, com temperos e uso de ervas ousados. O problema é que nem sempre o peixe está ótimo, só por isso não vamos lá com mais frequência. Ah, e às vezes o Eijiro não está, e aí não vale a pena… Pra ter uma ideia: no Rangetsu é o Eijiro e um assistente. No Shin Zuzhi são 6 caras no balcão.
Mas o Rangetsu tem um prato que vale a pena conhecer: um shabu-shabu de porco preto. Caro, meio pesado – carne gordinha, mas é uma boa experiência, vale a pena.
Rangetsu de Tokyo
Av. Rebouças 1.394
(11) 3085-6915. Fecha domingo e não é verdade que ficam abertos até 23h, é mais seguro ligar antes.
http://www.rangetsu.com.br/
Ban – do Haragushi, ex-Miyabi, na Tomás Gonzaga
Fomos logo que abriu, o que geralmente é um erro, porque o cenário mais comum é serviço muito atrapalhado, o que foi nosso caso. Não voltamos lá por um bom tempo, mas meus amigos que frequentam a Liberdade sempre vão, e disseram que estava bom. Em junho estava no bairro na hora do almoço, e fomos almoçar. Comi um tirashi muito bom, o Marcelo comeu um tonkatsu, um dos pratos bem famosos de lá.
E vi essa reportagem da Gastrolândia do Uol que fala de outros pratos e tece muitas louvações. Com certeza vale a pena conhecer: http://gastrolandia.uol.com.br/onde-ir/restaurantes/ban-o-japones-idolatrado-pelos-amantes-de-comida-japonesa/
Ban
Rua Thomaz Gonzaga, 18
(11) 3341-7749
Do – já foi muito bom, não é mais
Conhecemos o Do mais de um ano atrás, o da Padre Carvalho. Sushis maravilhosos, muito bons. Estávamos comemorando, e fomos pedindo os sushis especiais. Imagine que nossa conta ficou em mais de R$ 400, para duas pessoas, sem bebida (só tomamos chá, a bebida que mais valoriza o sabor do peixe). Nessa noite o restaurante estava cheio, e até o Lobão estava lá.
Voltamos umas duas vezes, mas foi uma decepção. A comida não tinha mais sabor, serviço relapso, mesas engorduradas (algo só aceitável num izakaya, não num restaurante com pretensões de arrumadinho, e caro). Não estava lotado, mas ainda tinha bastante gente, parecia que quase todo mundo conhecia o dono. Imaginamos que eram pessoas que moravam na região, e encontravam no Do uma opção muito melhor do que delivery, ainda que bem inferior a o que já foi.
Da última vez que fomos, eles tinham acabado de abrir a unidade no Jardins. Foi um momento de confusão e tumulto, e depois voltaram a ser bons? Não sei, não voltamos mais.
O site tem fotos maravilhosas, é um bom exemplo do quanto o marketing pode ser enganoso
Outra descoberta do Daniel. Peixe fresco, bons makimonos, e uma invenção que deveria ter em todos os restaurantes: minitemakis. Pedimos sempre só de peixe, sem cream cheese ou cebolinha.
Só conhecemos o do Shopping Villa-Lobos, não sei como é em outros lugares.
– Pra gente o que mais importa é o sabor da comida. Não nos importamos se o lugar é feio, bagunçado, até meio sujo. Temos a impressão de que pra muita gente, o que mais importa num restaurante é a ambientação, porque é um programa, não uma experiência gustativa. Assim, vemos muitos restaurantes arrumadinhos e ordinários fazendo um sucesso difícil de entender.
– Avaliamos os lugares segundo suas pretensões, propostas, preços. Não nos importamos com um atendimento meio atrapalhado em lugares mais simples, mas me incomodo bastante com garçons metidos e serviço relapso em lugares caros.
– Não somos a favor de japoneses moderninhos. Experimentamos alguns, mas até agora, nenhum foi aprovado no quesito sabor.
Mais posts sobre comida