Em março de 2016 passamos 6 dias em Ouro Preto, e depois 1,5 em Tiradentes. Você pode ver o relato da viagem aqui. Foi uma semana cheia de atividades pra mim e pro Cris, teve dias que jantamos separados, ele no trabalho do Workshop de fotografia, eu sozinha no quarto do hotel, então não temos uma grande diversidade pra comentar.
O restaurante favorito da viagem foi o Pacco & Bacco, em Tiradentes, em parte porque nos apresentou um espumante excelente num preço ótimo, o Quinta das Bágeiras – Bruto Natural – Reserva. No quesito etílico a viagem também serviu para trazermos a pinga especial da Tabaroa (que já não é boa como era uns anos atrás, mas essa edição de cana caiana vale a pena), além de trazermos uma caixa de cervejas Ouropretanas, que conhecemos na viagem e se tornou uma das nossas favoritas, em especial a brown porter e a pale ale.
Em Ouro Preto gostamos muito de dois lugares:
– o Escada Abaixo, um bar-jazz-restaurante, com um ótimo mexidão, e o melhor croquete de carne que eu já comi;
– O Passo: bons bifes e filés, e um risoto de amêndoas excelente.
Também comemos no O Ouvidor. Era bom, ambiente bem bonito, mas não tinha nada muito especial.
Coincidência ou não, esses dois restaurantes e a pousada onde estávamos, a Pousada dos Ofícios, eram da mesma família. Lugares com ótima estrutura e atendimento. Essa mesma família também fabrica a Ouropretana, que se tornou uma das nossas favoritas. Compramos várias garrafas e em casa pudemos comparar com a Jupiter. Achamos que a Jupiter é mais seca e frutada, pode ser mais distinta, mas a Ouropretana desce mais redondo, você sente que pode beber mais.
Tiradentes é um dos polos gastronômicos do Brasil. Fomos experimentar alguns dos mais bem falados no TripAdvisor:
1 – Pacco & Bacco
Comi uma rabada incrível, talvez a melhor rabada que já tenha comido, envolvida em uma massa fininha e acompanhada de um mil folhas de abóbora que combinava muito com a carne. O Cris pediu a Criação do Chef, um porquinho bem executado também, mas concordamos que a rabada era melhor. A sobremesa foram carolinas recheadas com doce de leite e sorvete de queijo, muito bom, mas o que nos fez considerar este o melhor restaurante da viagem foi o espumante delicioso num preço honestíssimo. Quinta das Bageiras – Bruto Natural – Reserva. Que espumante bom. Ótima acidez e perfume, uma delícia. E por R$ 102. Queríamos comprar uns 6 pra levar pra São Paulo, mas eles só tinha 3 não-gelados, e venderam a R$ 92. Uma pena não terem mais. Por enquanto só vimos um site que vende, mas é no preço abusivo de R$ 215. Parece que a carta de vinhos do Pacco & Bacco é uma das atrações do local. Ótima seleção e com preços bons.
2 – Angatu
Comemos o prato de vegetais Angatu (beterraba, aspargos, cebola, abóbora, cenoura – todos feitos de maneira distinta, com temperos diversos e contraste de sabores, muito bom). Pena que desfoquei a foto. E nós dois pedimos arroz de pato, excelente também. Vinha acompanhado de alguns dos vegetais Angatu. A sobremesa foi o cuscuz de mandioca com sorvete de coco, deliciosa. O vinho também foi distinto: o Refuscolo dal Peduncolo Rosso era um italino com pique de Pinot Noir, bem leve e aroma de frutas vermelhas.
3 – Uaithai
Estávamos bem curiosos pra saber o que era a mistura de Minas com a Tailândia, mas foi uma decepção. Os pasteizinhos de entrada estavam uma delícia, mas meio pesados na fritura. E os pratos típicos não eram só meio sem graça: o meu estava bem carregado no sal. O drink de abacaxi, gengibre e Jack Daniel’s era bom, e grande, mas não compensava a comida mal executada. E não sentimos nada de mistura de Minas e Tailândia.
Depois soubemos que o chef veio do Dalva e Dito, outro lugar de que a gente não gosta. Se soubéssemos disso, talvez a gente tivesse evitado. Não valeu a pena.
Dois restaurantes que amigos falaram bem, mas faltaram mais dias para poder experimentar:
Restaurantes típicos de Minas
Além dos restaurantes do Tripadvisor, a verdade é que dá pra parar em qualquer restaurante de beira de estrada e comer bem. Você encontra um bom feijão, arroz, abóbora, carne de porco, torremos crocante, carne de panela, saladas. Comida feita no fogão à lenha, por gente experiente. E barato: em geral são refeições de menos de R$ 20, às vezes por R$ 12.
Esse tipo de buffet também é comum nas cidades, às vezes com o adicional de churrasco.
De São Paulo a Ouro Preto são 8h de estrada. Contando paradas, é uma viagem que dura facilmente 10h. Decidimos não fazer de uma vez. Saímos de São Paulo 19h30 e dormimos em Pouso Alegre, que fica a 3h de São Paulo. Paramos pra jantar no caminho, em Bragança Paulista, na pizzaria Esmeralda, muito boa.
Relato do passeio, com fotos de natureza
em breve
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