12 rinocerontes em 5 dias, bons elefantes cruzando o rio, algumas aves diferentes
- Texto: Claudia.
- Fotos: Daniel, Cristian e Claudia. Daniel: Nikon D200 com a Nikkor 300 f4 e tele 1.4, e uma Nikon Coolpix P100; Cristian: Nikon D300 com a Nikkor 500 f4 e Sigma 50-500. Claudia: Canon 50D com 100-400 e Nikon D300 com Sigma 50-500 VR.
Conhecemos a África do Sul em 2006, e desde então é praticamente uma peregrinação religiosa. Voltamos em 2007, 2008, 2010, 2011, 2013. A viagem de 2011 foi a primeira vez que o Daniel foi com a gente, os pais do Cris também quiseram ir. Com a antecedência usual de uns 6 meses, compramos as passagens aéreas, fizemos as reservas nos campos e de carros. O Dani e os pais do Cris ficariam com a gente uma semana no Kruger, depois voltaram pro Brasil. Eu e o Cris aproveitamos mais uma semana, mas no Kgalagadi.
Não escrevi o trip report na época, mas graças às fotos e registros é fácil escrever o reporte.
Os parques da África do Sul têm acomodações para famílias. Algumas, em vez de um chalé, é praticamente uma casinha, com dois quartos, sala, cozinha. Ficamos em Skukuza duas noites e depois em Biyamiti, um campo menor, sem loja ou restaurante, mas que tem a fama de ter uma grande concentração de bichos.
Chegamos num domingo. Nosso voo local era até Nelspruit, entramos pela Numbi Gate. No caminho até Skukuza, dois avistamentos de rinocerontes, inclusive um adulto com filhote atravessando a estrada, que pegamos porque havíamos parado para olhar um elefante que estava bem perto. Já perto de Skukuza, uma família de jovens hienas deitadas no meio do asfalto, tão fofas que nem pareciam hienas. Foram avistamentos emocionantes e inesperados, a gente não esperava nada, só queríamos chegar em Skukuza e descansar. As hienas e os rinocerontes estavam perto e renderam boas fotos.
Na segunda-feira, animais de sempre como impala, girafa, zebra, kudu, warthog, vervet monkeys, e uma ave especial: o White-headed Vulture. Lagartos coloridos, até mesmo bem azuis, nas árvores ao redor do chalé. Na terça-feira, dois lifers: o Purple-crested Turaco e um African Black Duck. O Turaco é lindo, o Duck não tem nada de muito especial, mas o Daniel se interessou quando eu disse que nunca havia visto aquele pato antes. Também tivemos um ótimo avistamento de uma manada de elefantes cruzando um rio raso, com oportunidade para boas fotos, African Fish Eagle sobre um peixe enorme – nem sei como ela tirou aquilo da água, a primeira visão do Dani do animal que era seu favorito quando ele era bebê: o hipopótamo, zebras, uma leoa bem de longe, e também uma bem de perto, com uma presa que tinha acabado de caçar, e sangue no pelo. Na quarta, boas girafas com os indefectíveis Red-billed Oxpeckers, gnus, mais três encontros com rinocerontes, inclusive um cruzando a estrada na nossa frente, e a primeira vez que o Daniel viu aquela carninha que tem um alvo no traseiro: o Waterbuck. Na sexta-feira, búfalos, elefantes, mais dois encontros com rinocerontes – nunca vi tanto rinoceronte numa viagem, inclusive um grupo de três adultos, e também um adulto com um filhote dormindo sob uma sombra. E uma excelente Batteleur Eagle. No sábado já era dia de nos separarmos: saímos de Biyamiti não muito cedo, e tocamos direto para o aeroporto de Nelspruit. Fomos juntos para Johanesburgo, e de lá o Dani e os pais do Cris voltaram para o Brasil, eu e o Cris pegamos um voo para Upington – a cidade mais próxima do Kgalagadi.
Antes de contar sobre o Kgalagadi, queria dizer que não recomendo esse roteiro de vários dias no parque para quem não é fanático por fotografia de natureza. Foi cansativo pros pais do Cris e pro Daniel (então com 8 anos). A gente sabia que isso poderia acontecer, mas como o Daniel só tinha a semana do saco cheio, acabamos optando por ficar num lugar só. Mas talvez os centros de reabilitação em que os visitantes podem passar a mão nos bichos teriam feito mais sucesso. O Daniel estava com um DS e quando cansava dos bichos tinha os jogos, saíamos lá pelas 9h, os passeios não eram longos, mas ele concordou que talvez pudessem ter sido apenas 3 dias de passeio nos parques. Apesar disso, quando começamos a programar as viagens de 2013, ele disse que gostaria de voltar para a África com a gente, e foi. Em outro post eu conto como foi.
A parte do Kgalagadi vou separar em outro post.
Lista das espécies vistas / fotografadas no Kruger em 5 dias, sem sair cedo nem focar em aves: 25 espécies
Full Name | Scientific Name |
Hadeda Ibis | Bostrychia hagedash |
African Black Duck | Anas sparsa |
White-headed Vulture | Aegypius occipitalis |
Bateleur | Terathopius ecaudatus |
African Fish-Eagle | Haliaeetus vocifer |
Helmeted Guineafowl | Numida meleagris |
Three-banded Plover | Charadrius tricollaris |
Blacksmith Lapwing | Vanellus armatus |
Common Greenshank | Tringa nebularia |
African Green-Pigeon | Treron calvus |
Grey Go-away-bird | Corythaixoides concolor |
Purple-crested Turaco | Tauraco porphyreolophus |
White-backed Mousebird | Colius colius |
Broad-billed Roller | Eurystomus glaucurus |
Lilac-breasted Roller | Coracias caudatus |
African Grey Hornbill | Tockus nasutus |
Red-billed Hornbill | Tockus rufirostris |
Crested Barbet | Trachyphonus vaillantii |
Lesser Striped Swallow | Cecropis abyssinica |
Black-headed Oriole | Oriolus larvatus |
Kurrichane Thrush | Turdus libonyanus |
Retz’s Helmet-Shrike | Prionops retzii |
Greater Blue-eared Starling | Lamprotornis chalybaeus |
Spectacled Weaver | Ploceus ocularis |
Yellow-fronted Canary | Crithagra mozambica |
Informações detalhadas sobre a viagem – melhor época, custos, infraestrutura
Para saber mais sobre os campos e a estrutura dos parques nacionais africanos, veja este álbum.
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