• Fotos: Claudia – Nikon D300 com Nikkor 300 f4 e tele

Este foi um dos vários passeios que fizemos com o Rafael Fortes, que havíamos acabado de conhecer no feriado de 1 de maio na Guainumbi. Eu e a querida Aditi Jain (uma moça indiana – nova yorquina morando no Brasil. Nos conhecemos porque ela começou a se interessar por birdwatching, foi pesquisar, achou o finado photorats e entrou em contato).

Campos do Jordão é um lugar muito bom para aves. Esqueça a multidão dos feriados, festival de inverno. Há muitas estradas para zanzar, a área do horto é enorme – ainda que eu não vá passarinhar dentro do horto, porque foi lá que a gente passou pelo desprazer de pegar os seguranças que vieram nos dizer que era proibido fotografar. Mas do lado de fora do horto é sempre legal. A paisagem é muito bonita.

O Rafael nos levou aos pontos que ele conhecia bem, onde havia mais chance de ver as aves que buscávamos. O bonitão de peito vermelho é um surucuá-variado, uma ave linda, comum, que atende o playback e fica um tempão posando para os fotógrafos. Mesmo assim, nesse caso, ela pousou tão perto que o Rafa ficou com receio de se mover. Ele estava segurando a câmera apontando pra cima, e ficou lá de estátua enquanto eu e  Aditi fotográfamos, e só reparamos depois de alguns minutos. Um grande guia.

Passarinheiros se importam pouco com comida, às vezes nem comem, mas em 2008, quando eu e o Cris ainda passeávamos para fotografar sem esse foco total em aves, uma das grandes diversões era comprar gostosuras na Casa Santa Luzia e ir pra Campos. Preparávamos lanches antes de sair de casa, embalávamos, e durante o passeio quando desse fome parávamos o carro em algum lugar bonito para comer, respirar, se sentir muito sortudo por poder estar lá. É muito gostoso, mas você perde tempo que poderia estar vendo aves, por isso para a maioria dos passarinheiros comida é o de menos num passeio.