• Texto e fotos: Claudia Komesu. Câmera Nikon D300 e Nikkor 300 f4 com tele 1.4. O Cris estava junto mas não fotografou, ficou só no Solar das Águas Cantantes.
  • Guia: http://rafaelfortes.webs.com/

Graças ao relevo de difícil exploração (é a minha teoria), Ubatuba tem 70% da área preservada. É um lugar mundialmente famoso para birders, especialmente um bairro chamado Folha Seca, que tem uma estrada de terra rodeada por mata densa. Na Folha Seca fica aquele lugar mágico, com dezenas de beija-flores. Quase todas as minhas fotos ótimas de beija-flores foram tiradas na casa do Jonas, um homem de bondade e gentileza incomparáveis.

A Folha Seca também é o lugar em que eu vejo o gavião-pega-macaco com mais freqüência. Já o vi três vezes lá, e neste domingo, vimos bem de perto. Não consegui foto, mas vai demorar pra eu esquecer a emoção de sair correndo, correndo mesmo, carregando tripé e câmera (atrás do bicho, não fugindo dele), chegar na clareira, e vê-lo passar voando baixo, totalmente senhor daquela terra. Na Folha Seca, na trilha do chuchu, ouvimos e vimos de relance um casal de sabiá-cica. O Rafa quase infartou. Logo depois, é a vez do gavião-pombo-grande, relativamente perto, sobrevoando os céus com aquela imponência dos raptors.

Na Folha Seca finalmente consegui uma foto razoável do limpa-folha-coroado; nos divertimos muito com o entufado; e na hora de ir embora, ainda tivemos o privilégio de ver um lindo bicho-preguiça, acordado o suficiente para sair sorridente nas fotos, em vez da costumeira bola de pelo. Eu passaria pelo menos uma semana fotografando na Folha Seca todos os dias. E voltaria com um cartão cheio de tesouros.

Agradeço a companhia da Nathalia e da Aditi, pela paciência do Cris e ao Rafa (Rafael Fortes). O conhecimento e a dedicação do Rafa me deram outra dimensão para a fotografia de aves, se não fosse por ele, eu não teria metade da diversão.