Pesquisando um destino para o fim do ano, encontrei a famosa foto do tangará-rajado (Machaeropterus regulus) Striped Manakin registrado pelo Nick Athanas, junto com o relato de como o bicho foi manso e foi fácil fotografá-lo na REGUA – Reserva Ecológica de Guapiaçu. Por isso fomos para o Rio de Janeiro, mais precisamente para a cidade de Cachoeiras de Macacu.

A primeira parada foi na Serra dos Tucanos, um local bem simpático, comandado pelo Andy e Cristina Foster. Fica a 1h30 do Galeão. Ficamos lá dois dias, e choveu o tempo todo. Mas um ótimo hide com um comedouro na frente garantia diversão o tempo todo. Sanhaçus, tiés-sangue e, acreditem, araçaris-banana e araçaris-poca vinham comer banana.

Depois fomos para a REGUA, Reserva Ecológica de Guapiaçu. Outro lugar popular entre os estrangeiros, a ponto do nosso guia ornitológico se apresentar como Ádilei, antes de saber que a gente era brasileiro e ele podia dizer Edilei (mas gostei do Ádilei, e usei essa versão do nome). O Ádilei era um ex-caçador, convertido pela REGUA para guia ornitológico. Bastante competente, mas a época já não estava tão boa para avistamentos. Na REGUA também conhecemos o Falcão, que depois reencontramos na viagem para Carajás em 2011.

Com bastante esforço conseguimos ver o tangará-rajado. Não estava perto e não foi fácil como o do Nick Athanas, e as fotos nem se comparam, mas foi uma emoção muito grande ver aquele bichinho minúsculo cantando tanto. No último dia fomos passear na Serra da Babilônia, região de Nova Friburgo.

REGUA tem um gerenciamento admirável comandando pelo Nicholas e Raquel Locke. Eles contam com o apoio da World Land Trust e da Brazilian Atlantic Rainforest Trust. Além da recuperação e reflorestamento da área, compram terras para aumentar a área da reserva, e fazem programas de educação ambiental, integração com a comunidade e apoio à pesquisa. Vale a pena dar uma olhada no site deles.