Distâncias longas, calor, fotos difíceis. Assim é a Amazônia de forma geral.
- Texto: Claudia. Fotos: Claudia – Canon 50D e 100-400, Cristian – Nikon D300 com Sigma 50-500 e Nikkor 300 f4 com tele 1.4
Resumo da viagem para a região de Carajás, em Parauapebas – PA
- Data: 1 a 7 de dezembro de 2011.
- Tipo: excursão para fotógrafos organizada pelo guia e fotógrafo profissional Edson Endrigo.
- Participantes: Claudia Komesu, Cristian Andrei, Mathias Singer, Marco Guedes, Silvana Licco, Celuta Machado e José Falcão.
- Destaques e quantidade de espécies: o casal de harpia namorando, gavião-de-penacho, pinto-do-mato-carijó, barbudo-de-pescoço-ferrugem. O Edson viu/ouviu 190 espécies, eu vi 126, registrei 84, consegui fotos boas de 45, com destaque para 11 espécies (destaque significa aves mais próximas, ou uma muito especial como o gavião-de-penacho, que estava longe mas foi uma grande emoção), e 53 lifers. 13 espécies eu já tinha registro por causa da viagem para o Tocantins e o Espírito Santo, ou seja, para alguém que só fotografou em São Paulo, expectativa de uns 65 lifers.
- Nível de dificuldade: difícil se você é alguém que se incomoda com calor e insetos, acordar às 3h30, não ter onde descansar na hora do almoço, e muitas horas (às vezes mais de 6h no dia) rodando dentro de um ônibus. Sem longas caminhadas, estradas boas, mas além das dificuldades mencionadas, a logística não é fácil e as horas sem nenhum avistamento também tornaram a viagem mais difícil.
- Infraestrutura do local: difícil devido às longas distâncias. Parauapebas é uma cidade grande, de 300 mil habitantes, com custo de vida de São Paulo. Fica a uns 40 minutos do núcleo de Carajás, onde inicialmente ficaríamos hospedados. Quando compramos o passeio minha expectativa era de ficar no núcleo, passarinhar ao redor, e poder descansar na hora do almoço. O hotel do núcleo fechou para reformas, não fizemos as trilhas próximas, as outras trilhas ficavam a mais de 2h do núcleo e eram locais sem estrutura. Almoçamos no restaurante da Vale em alguns dias (num dos quais eu passei muito mal), e em outro levamos lanche para a trilha. Jantamos no hotel, sem destaques para a culinária.
- Oportunidades fotográficas: condições difíceis de forma geral, com possibilidade de ver espécies cobiçadas com a harpia e o gavião-de-penacho, além de outras pérolas da Amazônia. Mas o ambiente é escuro, em alguns casos com trilhas bem fechadas, várias espécies só na copa, tímidas. Sou uma fotógrafa mediana, tremo, não me dou bem com o flash, e a câmera que usei não aguentava ISO muito alto, mas mesmo contando meus fatores pessoais, acho que por este álbum você pode ter uma ideia.
- Onde fotografamos: na mata do zoológico de Parauapebas na tarde em que chegamos. Itacaiunas, Águas Claras e N1, trilhas boas, mas a cerca de 3h de Parauapebas. A trilha do Rio Parauapebas não rendeu avistamentos na tarde em que fomos. O lixão no caminho entre o núcleo de Carajás e a cidade de Parauapebas merece ser olhado com carinho: urubus-rei e um gavião-de-penacho.
- Como chegar: vôo para Marabá passando por Brasília. Marabá fica a 1h de Brasília, mas não havia voo direto. Saímos às 6h40 de São Paulo e chegamos às 11h em Marabá. De Marabá, transfer de 3 horas até Parauapebas. Ou seja, contando uma pequena parada na estrada para almoçar, entre sair de casa e chegar no hotel foram umas 11h.
- Guia ornitológico: Edson Endrigo
- Logística: feita pelo Edson
- Custo total de R$ 8.800 para o casal. Inclui passagens São Paulo – Marabá R$ 650 / pessoa (comprada com meses de antecedência). Pacote com Edson (inclusos hospedagem, toda a alimentação e bebidas, traslado Marabá-Parauapebas-Marabá, transporte, taxa de visitação, guia local obrigatório (a diária do guia era de R$ 150), e os honorários do Edson) R$ 3.750 / pessoa.
Sempre soube que a Amazônia era difícil. A imagem que eu tinha era de muito calor, umidade, chuva, insetos, árvores altas, trilhas escuras, bichos na copa. Por isso nunca tive pressa de ir. Em fevereiro de 2011 recebemos o convite para participar do Aventuras Fotográficas com o Edson Endrigo. Lagoa do Peixe em setembro e Carajás em dezembro. A Lagoa não daria certo a data, mas eu e o Cris nos interessamos por Carajás. O Edson disse que era um lugar sensacional, muitas aves, com harpia no núcleo, e trilhas ótimas próximas do hotel e outras a pelo menos 1h, tudo acessível de carro. Confirmamos, compramos passagem. Em outubro veio a informação de que o hotel no núcleo estava fechado pra reforma, e que a única alteração seria ter que ficar hospedado a meia hora do núcleo e acordar um pouco mais cedo.
Fizemos Congonhas-Brasília, Brasília-Marabá. Em Marabá, um miniônibus nos aguardava para levar a Parauapebas, 3h de estrada. O condutor era o Brandão, excelente motorista e com uma boa propensão a ser guia local. Tranquilo, gentil, visão aguçada. O grupo da viagem era eu, o Cris, o Falcão (um senhor do Rio de Janeiro que tínhamos conhecido no REGUA em 2008. Um cara muito legal, ótimas fotos, mas sem perfil no Wikiaves), o Marco Guedes, o Mathias Singer, a Celuta Machado e a Silvana Licco. O querido Mathias já tinha sido companheiro de passarinhadas na Canastra e em Tocantins. Com o Marco só tínhamos saído uma vez em Campos do Jordão, e a Celuta e a Silvana eu só conhecia de vista e por e-mail, mas logo descobri que os três são pessoas muito simpáticas, tranquilas e positivas.
Chegamos na cidade animados para um passeio na mata do zoológico, que já estaria fechado, mas graças aos contatos do Edson, tínhamos permissão para entrar. E valeu a pena. O gavião-de-asa-larga, espécie migratória, estava lá, e também um gavião-branco, como o Edson imaginava ver. Além de jacupirangas, arapaçus, tucano-de-bico-branco, pica-paus.
No dia seguinte, e nos outros quatro dias, acordamos às 3h30 para estar no saguão do café-da-manhã às 4h e sair às 4h30. Em Carajás amanhece às 6h. Nos cinco dias principais do passeio não fomos pela manhã para as trilhas a 10 minutos do núcleo, só para as outras trilhas bem mais longe.
No segundo dia fomos para a N1 e Águas Claras. Sanã-castanha, araponga-da-amazônia, choquinha-miúda, um incrível barbudo-de-pescoço-ferrugem com lagarto no bico e tudo, pinto-do-mato-carijó, cricrió, arapaçu-de-listras-brancas, tucano-grande-papo-branco, um caneleiro-cinzento que pousou bem perto, formigueiro-de-cara-ruiva, lifer pro Wikiaves e, pra mim, o mais incrível da viagem: um casal de harpias namorando ao lado do ninho. Um namoro breve, de voo próximo no mesmo galho, asas abertas. Alto, mas troncos não grossos demais, e relativamente limpo. Asas abertas, grande imponência.
No terceiro dia voltamos para Águas Claras e N1. Puruchém, chororó-negro, caneleiro-pequeno, formigueiro-de-máscara-preta, papa-formiga-de-sobrancelha, arapaçu-de-bico-curvo, uru-corcovado, bico-encarnado, guarda-floresta, o casal de harpias no ninho mas sem muita movimentação, arapaçu-de-garganta-amarela, joão-teneném-castanho.
No quarto dia fomos para Itacaiúnas. Macuru-de-testa-pintada, ferreirinho-pintado, lifer para o Endrigo, arara-vermelha-grande em uma árvore maravilhosa, maracanã-guaçu, ciganas, tiribas-de-hellmayr, limpa-folha-de-bico-virado, outro lifer pro Endrigo e espécie que ainda não tinha foto no Wikiaves, choca-de-olho-vermelho, ariramba-da-mata, gavião-pedrês, caracoleiro, acauã, urubu-da-mata, arapaçu-de-bico-branco, show de casal de chocas-d´-agua, ariramba-de-cauda-ruiva, ferreirinho-da-capoeira, caçula, pica-pau-amarelo bem de perto. Na área do lixão, um urubu-rei pousado. Enquanto fotografávamos, o Edson viu uma ave grande mergulhar e voltar para a árvore, ele achava que podia ser o gavião-de-penacho. Quando conseguimos olhar com a câmera, vimos que era ele mesmo. Bem alto, quase sem luz, mas uma enorme emoção ver o gavião mais bonito do Brasil.
No quinto dia: manhã em Águas Claras e à tarde trilha do Rio Parauapebas. Papagaio-campeiro bem ao longe, saurá de perto mas no escuro, tangará-falso, saíra-negaça e saí-de-máscara-preta, mas bem longe, vira-folha-de-peito-laranja, pica-pau-chocolate bem longe, chora-chuva-de-cara-branca, choca-de-olho-vermelho, flautim-marrom. Longa trilha do rio Parauapebas em busca da maria-bonita não rendeu nenhum avistamento de aves.
No sexto-dia, casal de maracanãs-guaçu namorando, mas longe e com uma grande névoa. Anacã dando show de display, com o colar aberto e rodopiando no galho, cena incrível, infelizmente num grande contra-luz e névoa, arirambas-pretas no alto, japu-verde bem longe, matica-de-cabeça-azul em voo, casal de araras-azuis, gavião-de-anta, a linda maria-bonita, tiriba-de-hellmayr, uma choquinha que talvez seja a de asa-comprida, ariramba-da-mata, pica-pau-barrado bem de perto, cantador-da-guiana, anambé-de-coroa, caracoleiro, show da cigarrinha-do-campo, sanhaçu-da-amazônia e algumas comuns como irerê, quero-quero elaenias.
O sétimo dia era nossa volta a São Paulo. Teve saída pela manhã para o núcleo, mas eu, o Cris e o Mathias preferimos ficar descansando.
No balanço da viagem, várias espécies difíceis que provavelmente nunca mais vou ver na vida, como o pinto-do-mato-carijó, que não tinha foto no Wikiaves feita no Brasil, ou o limpa-folha-de-bico-virado, que não tinha foto nenhuma no Wiki. Não sei se um dia voltarei a ver um gavião-de-penacho na natureza. E cenas inesquecíveis, como a dança do casal de harpias e o barbudo-de-pescoço-ferrugem caçando na nossa frente.
O custo da viagem foi de R$ 4.40 por pessoa. R$ 650 parte aérea e R$ 3.750 o pacote com o Edson. Inclusos no pacote: hospedagem, toda a alimentação e bebidas, traslado Marabá-Parauapebas-Marabá, transporte, taxa de visitação, guia local obrigatório (a diária do guia era de R$ 150), e os honorários do Edson. Não é barato, mas sem um bom guia acho que a viagem não teria valido a pena. E os custos são caros.
Parauapebas tem preços de São Paulo na hospedagem e restaurantes, e as distâncias que percorremos de ônibus eram muito grandes. Até há pouco tempo atrás era possível fazer um esquema de contratar o famoso guia Gaúcho, mas ele mudou de emprego e agora não tem mais disponibilidade durante a semana, apenas em alguns fins de semana.
Um trip report do Nick Athanas tem frases como essa (sobre o Cristalino, um local que tem torres e em algumas épocas do ano fruteiras que atraem maravilhas que pousam bem perto): “Almost 600 species of birds have been recorded here, but that can be deceptive; Amazonian birding is some of the hardest in the world since so many of the species are incredibly scarce even in pristine habitat, not to mention shy and hard to see.”
No Wikiaves há várias fotos de pessoas que tiveram a sorte de pegar fruteiras em torres, no Cristalino e em Manaus, e fizeram fotos excelentes de espécies difíceis. E mesmo sem torre também é possível ter alguma fruteira na beira da estrada, como pegamos em Porto Seguro. Mas por essa viagem, se alguém me perguntasse o que esperar da Amazônia, concordo com o Nick Athanas: o padrão é muita dificuldade, aves na copa de árvores altas ou embrenhadas em locais escuros, aves ariscas e difíceis, escassez de avistamentos, trilhas fechadas, pouca luz, longas distâncias (em alguns casos, 6h dentro de um ônibus, sem ter onde descansar na hora do almoço), calor úmido de você suar o tempo inteiro. Foram poucas as aves que estavam na estrada, a maioria das fotos só foi feita graças ao conhecimento do Edson do local e do uso do playback, muitas vezes com gravação na hora, tocar, gravar de novo, tocar, e assim até pescar a ave. Mesmo que a ave não estivesse cantando, em alguns casos ele tocou e a ave apareceu. É incrível o conhecimento que ele tem, tanto para reconhecer os sons, como de técnica de playback. E é uma pessoa muito gentil e atenciosa.
Se você planeja uma viagem para a Amazônia, recomendo esses cuidados
– contratar um bom guia, de preferência alguém recomendado por um amigo ou conhecido.
– ter como expectativa várias horas em que nada acontece (sob um calor de sauna e às vezes muitos insetos). Saber que uma fruteira próxima e baixa, ou os bichos chegarem bem perto são exceções, não a regra.
– ver a lista com antecedência, checar com o guia quais as espécies possíveis e prováveis de serem avistadas, como será o ambiente – aberto, fechado, alto, escuro, estreito demais para tripé, alagado, insetos, onde serão os locais do passeio, a que horas vocês terão que sair para chegar, se voltarão para o hotel na hora do almoço ou não, padrão do hotel, restaurante, lanchonete, ou lanche de trilha, se tem banheiros, água potável.
– o Edson levou perneiras para todo mundo, mas cheque isso com o seu guia. Na verdade, se fosse fazer a coisa seguindo o figurino o certo seria só viajar tendo seguro-viagem, porque em lugares como esse não é difícil levar um escorregão.
– vá preparado para situações de pouca luz, tenha sempre pilhas e baterias extras no bolso da calça ou do colete, se for preciso um cartão extra também. Estude mais o flash e ISO alto. O ideal é ter backup de tudo, inclusive uma câmera extra caso a sua dê problema, o que não é difícil acontecer num clima quente e úmido. E leve-a na mochila que fica no carro (supondo que vocês não farão trilhas a pé longas), não deixe no hotel.
– no bolso da calça também costumo levar um frasco pequeno de repelente e uma pomada pra picadas (Fenergan). Borrifar repelente em um chapéu de abas largas ajuda a manter os insetos longe do rosto. Carreguei um vidrinho de Off, mas nas roupas borrifei Exposis, e andei sempre com a camiseta por dentro da calça e as meias por cima da calça. Só peguei um carrapato, que deve ter entrado pelo zíper da bermuda-calça. O sabonete Escabin resolve os carrapatos. Se o tempo está instável, levo uma sacola com capa pra câmera e guarda-chuva. Andei de manga-longa todos os dias. Camisas Windy da MTK e em outros camisetas de dri-fit da Solo. As calças e camisas largas protegem mais dos insetos.
– vale a pena perguntar para o guia se ele também terá backup de tudo, porque num lugar como esse, se o playback falha acabou o passeio. Um bom guia deve carregar o tempo todo um tocador extra de mp3, mais de um gravadorzinho, cabo e alto-falantes extra, e nunca ficar sem pilhas ou esquecer a caneta laser.
– se você está indo em grupo, pode haver limitação de espaço, de janelas para fotografar, e inexperiência das pessoas sobre como se comportar em grupo. O ideal é que o guia oriente as pessoas, não só antes do passeio, como durante. Não fiz muitas saídas em grupo, mas me parece que esses cuidados já ajudariam bastante:
– pedir para as pessoas ficarem sempre atrás do guia, mas próximas entre si, tanto nas trilhas, quanto na hora que o grupo se posiciona para tentar chamar uma ave.
– a maioria das pessoas tem um gravadorzinho. Combine com o guia quando você pode usar, para não atrapalhar o trabalho dele.
– saber que seus movimentos, especialmente de aproximação, podem afugentar a ave. Não avance sem perguntar para os outros se pode. Em geral o mais tranqüilo é bater algumas fotos, e depois perguntar aos outros “vamos avançar mais alguns passos?”, e todos vão juntos.
– se você não está conseguindo ver a ave, diga isso. O guia ou um colega costuma ajudar a localizar ou então cede a janela.
– se você mudou de lugar e descobriu que o novo ângulo é melhor, e há espaço para se movimentar, é gentil avisar os outros “venham pra cá que aqui está melhor”.
– na hora do entusiasmo é claro que há atropelos, um passar na frente do outro, esbarrar, ou avançar sem querer. No mundo ideal, a pessoa que quebrou a etiqueta recebe esse feedback, se desculpa com a pessoa prejudicada, passa a ficar mais atenta e tudo fica bem.
A maioria das pessoas não gosta de ouvir que fez algo errado, e numa situação de cansaço e tensão isso pode ser mais problemático. Mas pior é ficar remoendo ou deixar crescer uma sensação de insatisfação. Nunca vi fazerem isso, mas acho que seria útil haver uma combinação prévia com os participantes do grupo: orientações por e-mail antes de contratar os serviços, ao vivo no primeiro dia, e durante o passeio se necessário. E tentar combinar que ninguém precisa ficar chateado se for chamada a atenção, tanto entre o grupo quanto para o guia.
Segue abaixo a lista das espécies avistadas nos 6 dias de passeio. O Edson viu/ouviu 190, eu vi 126, registrei 84, consegui fotos boas de 45, com destaque para 11 espécies (destaque significa aves mais próximas, ou uma muito especial como o gavião-de-penacho, que estava longe mas foi uma grande emoção), e 53 lifers. 13 espécies eu já tinha registro por causa da viagem para o Tocantins e o Espírito Santo, ou seja, para alguém que só fotografou em São Paulo, expectativa de uns 65 lifers.
Carajás 1 a 7 dez/2011 | 190 | 126 | 84 | 47 | 11 | 53 | |
Nome científico | Nome popular | Edson | Eu vi |
Foto | Foto boa | Desta que |
Lifer |
Tinamus major | inhambu-de-cabeça-vermelha | x | |||||
Dendrocygna viduata | irerê | x | x | x | x | ||
Penelope pileata | jacupiranga | x | x | x | x | x | |
Crax fasciolata | mutum-de-penacho | x | |||||
Odontophorus gujanensis | uru-corcovado | x | x | x | |||
Phalacrocorax brasilianus | biguá | x | x | ||||
Butorides striata | socozinho | x | x | ||||
Ciconia maguari | maguari | x | x | ||||
Cathartes aura | urubu-de-cabeça-vermelha | x | |||||
Cathartes melambrotus | urubu-da-mata | x | x | x | x | x | |
Coragyps atratus | urubu-de-cabeça-preta | x | x | ||||
Sarcoramphus papa | urubu-rei | x | x | x | x | ||
Chondrohierax uncinatus | caracoleiro | x | x | x | x | ||
Elanoides forficatus | gavião-tesoura | x | x | x | |||
Ictinia plumbea | sovi | x | x | x | |||
Pseudastur albicollis | gavião-branco | x | x | x | x | x | x |
Rupornis magnirostris | gavião-carijó | x | |||||
Buteo nitidus | gavião-pedrês | x | x | x | x | x | |
Buteo platypterus | gavião-de-asa-larga | x | x | x | x | x | |
Harpia harpyja | gavião-real | x | x | x | x | x | x |
Spizaetus ornatus | gavião-de-penacho | x | x | x | x | x | |
Daptrius ater | gavião-de-anta | x | x | x | x | x | |
Herpetotheres cachinnans | acauã | x | x | x | x | ||
Micrastur mintoni | falcão-críptico | x | |||||
Falco rufigularis | cauré | x | x | ||||
Laterallus viridis | sanã-castanha | x | x | x | x | x | |
Vanellus chilensis | quero-quero | x | x | x | x | ||
Gallinago paraguaiae | narceja | x | x | ||||
Jacana jacana | jaçanã | x | |||||
Columbina talpacoti | rolinha-roxa | x | |||||
Columba livia | pombo-doméstico | x | x | ||||
Patagioenas speciosa | pomba-trocal | x | x | x | |||
Leptotila rufaxilla | juriti-gemedeira | x | |||||
Anodorhynchus hyacinthinus | arara-azul-grande | x | x | x | x | ||
Ara ararauna | arara-canindé | x | |||||
Ara chloropterus | arara-vermelha-grande | x | x | x | x | ||
Ara severus | maracanã-guaçu | x | x | x | x | ||
Aratinga leucophthalma | periquitão-maracanã | x | x | ||||
Pyrrhura amazonum | tiriba-de-hellmayr | x | x | x | x | ||
Brotogeris chrysoptera | periquito-de-asa-dourada | x | |||||
Pionus menstruus | maitaca-de-cabeça-azul | x | x | x | x | ||
Amazona ochrocephala | papagaio-campeiro | x | x | x | x | ||
Amazona farinosa | papagaio-moleiro | x | |||||
Deroptyus accipitrinus | anacã | x | x | x | x | x | |
Opisthocomus hoazin | cigana | x | x | x | x | ||
Piaya cayana | alma-de-gato | x | x | x | x | ||
Crotophaga ani | anu-preto | x | x | ||||
Tapera naevia | saci | x | |||||
Chaetura spinicaudus | andorinhão-de-sobre-branco | x | x | ||||
Phaethornis ruber | rabo-branco-rubro | x | x | ||||
Thalurania furcata | beija-flor-tesoura-verde | x | |||||
Trogon viridis | surucuá-grande-de-barriga-amarela | x | x | x | x | ||
Megaceryle torquata | martim-pescador-grande | x | |||||
Brachygalba lugubris | ariramba-preta | x | x | x | x | ||
Galbula cyanicollis | ariramba-da-mata | x | x | x | x | x | x |
Galbula ruficauda | ariramba-de-cauda-ruiva | x | x | x | x | ||
Notharchus tectus | macuru-pintado | x | x | x | x | ||
Malacoptila rufa | barbudo-de-pescoço-ferrugem | x | x | x | x | x | x |
Monasa nigrifrons | chora-chuva-preto | x | x | ||||
Monasa morphoeus | chora-chuva-de-cara-branca | x | x | x | x | x | |
Chelidoptera tenebrosa | urubuzinho | x | x | ||||
Ramphastos tucanus | tucano-grande-de-papo-branco | x | x | x | x | ||
Selenidera gouldii | saripoca-de-gould | x | x | ||||
Pteroglossus aracari | araçari-de-bico-branco | x | x | x | |||
Melanerpes cruentatus | benedito-de-testa-vermelha | x | x | ||||
Veniliornis affinis | picapauzinho-avermelhado | x | |||||
Celeus undatus | pica-pau-barrado | x | x | x | x | x | x |
Celeus elegans | pica-pau-chocolate | x | x | x | x | ||
Celeus flavus | pica-pau-amarelo | x | x | x | x | x | |
Dryocopus lineatus | pica-pau-de-banda-branca | x | x | x | |||
Campephilus rubricollis | pica-pau-de-barriga-vermelha | x | |||||
Campephilus melanoleucos | pica-pau-de-topete-vermelho | x | x | ||||
Cymbilaimus lineatus | papa-formiga-barrado | x | |||||
Taraba major | choró-boi | x | |||||
Sakesphorus luctuosus | choca-d’água | x | x | x | x | x | |
Thamnophilus schistaceus | choca-de-olho-vermelho | x | x | x | x | x | |
Thamnomanes caesius | ipecuá | x | |||||
Myrmotherula brachyura | choquinha-miúda | x | x | x | x | x | |
Formicivora grisea | papa-formiga-pardo | x | |||||
Cercomacra cinerascens | chororó-pocuá | x | x | ||||
Cercomacra nigrescens | chororó-negro | x | x | x | x | ||
Pyriglena leuconota | papa-taoca | x | x | ||||
Myrmoborus leucophrys | papa-formiga-de-sobrancelha | x | x | x | x | ||
Myrmoborus myotherinus | formigueiro-de-cara-preta | x | x | x | x | x | |
Hypocnemis cantator | cantador-da-guiana | x | x | x | x | x | |
Hypocnemoides maculicauda | solta-asa | x | x | ||||
Schistocichla rufifacies | formigueiro-de-cara-ruiva | x | x | x | x | x | |
Myrmornis torquata | pinto-do-mato-carijó | x | x | x | x | x | x |
Hylophylax naevius | guarda-floresta | x | x | x | x | ||
Grallaria varia | tovacuçu | x | |||||
Hylopezus macularius | torom-carijó | x | |||||
Formicarius analis | pinto-do-mato-de-cara-preta | x | |||||
Sclerurus mexicanus | vira-folha-de-peito-vermelho | x | x | x | |||
Dendroplex picus | arapaçu-de-bico-branco | x | x | x | x | ||
Xiphorhynchus guttatus | arapaçu-de-garganta-amarela | x | x | x | |||
Lepidocolaptes albolineatus | arapaçu-de-listras-brancas | x | x | x | x | ||
Campylorhamphus procurvoides | arapaçu-de-bico-curvo | x | x | x | x | x | |
Synallaxis frontalis | petrim | x | |||||
Synallaxis rutilans | joão-teneném-castanho | x | x | x | x | x | |
Synallaxis cherriei | puruchém | x | x | x | x | ||
Simoxenops ucayalae | limpa-folha-de-bico-virado | x | x | x | x | ||
Automolus paraensis | barranqueiro-do-pará | x | |||||
Hemitriccus minor | maria-sebinha | x | |||||
Hemitriccus margaritaceiventer | sebinho-de-olho-de-ouro | x | |||||
Poecilotriccus sylvia | ferreirinho-da-capoeira | x | x | x | x | ||
Taeniotriccus andrei | maria-bonita | x | x | x | x | x | x |
Todirostrum pictum | ferreirinho-pintado | x | x | x | x | x | |
Myiopagis caniceps | guaracava-cinzenta | x | |||||
Elaenia flavogaster | guaracava-de-barriga-amarela | x | x | ||||
Elaenia chiriquensis | chibum | x | |||||
Ornithion inerme | poiaeiro-de-sobrancelha | x | |||||
Camptostoma obsoletum | risadinha | x | |||||
Phaeomyias murina | bagageiro | x | |||||
Zimmerius gracilipes | poiaeiro-de-pata-fina | x | |||||
Myiornis ecaudatus | caçula | x | x | x | x | ||
Hirundinea ferruginea | gibão-de-couro | x | x | ||||
Contopus cooperi | piui-boreal | x | |||||
Xolmis cinereus | primavera | x | |||||
Legatus leucophaius | bem-te-vi-pirata | x | x | ||||
Myiozetetes cayanensis | bentevizinho-de-asa-ferrugínea | x | x | x | |||
Pitangus sulphuratus | bem-te-vi | x | x | ||||
Myiodynastes maculatus | bem-te-vi-rajado | x | x | ||||
Megarynchus pitangua | neinei | x | x | ||||
Empidonomus varius | peitica | x | x | ||||
Tyrannus melancholicus | suiriri | x | x | ||||
Myiarchus tuberculifer | maria-cavaleira-pequena | x | |||||
Myiarchus ferox | maria-cavaleira | x | |||||
Phoenicircus carnifex | saurá | x | x | x | x | ||
Cotinga cayana | anambé-azul | x | x | x | x | ||
Procnias albus | araponga-da-amazônia | x | x | x | x | x | |
Lipaugus vociferans | cricrió | x | x | x | |||
Querula purpurata | anambé-una | x | x | ||||
Neopelma pallescens | fruxu-do-cerradão | x | |||||
Tyranneutes stolzmanni | uirapuruzinho | x | |||||
Piprites chloris | papinho-amarelo | x | |||||
Machaeropterus pyrocephalus | uirapuru-cigarra | x | |||||
Lepidothrix iris | cabeça-de-prata | x | x | ||||
Chiroxiphia pareola | tangará-falso | x | x | x | |||
Schiffornis turdina | flautim-marrom | x | x | x | x | x | |
Laniocera hypopyrra | chorona-cinza | x | |||||
Iodopleura isabellae | anambé-de-coroa | x | x | x | x | ||
Pachyramphus viridis | caneleiro-verde | x | |||||
Pachyramphus rufus | caneleiro-cinzento | x | x | x | x | x | |
Pachyramphus castaneus | caneleiro | x | |||||
Pachyramphus minor | caneleiro-pequeno | x | x | x | x | ||
Hylophilus semicinereus | verdinho-da-várzea | x | x | x | x | x | |
Tachycineta albiventer | andorinha-do-rio | x | x | ||||
Progne chalybea | andorinha-doméstica-grande | x | x | ||||
Stelgidopteryx ruficollis | andorinha-serradora | x | x | ||||
Campylorhynchus turdinus | catatau | x | x | x | x | x | |
Pheugopedius coraya | garrinchão-coraia | x | |||||
Cantorchilus leucotis | garrinchão-de-barriga-vermelha | x | |||||
Troglodytes musculus | corruíra | x | x | ||||
Microcerculus marginatus | uirapuru-veado | x | |||||
Donacobius atricapilla | japacanim | x | |||||
Ramphocaenus melanurus | bico-assovelado | x | |||||
Turdus leucomelas | sabiá-barranco | x | x | ||||
Coereba flaveola | cambacica | x | x | ||||
Schistochlamys melanopis | sanhaçu-de-coleira | x | x | ||||
Cissopis leverianus | tietinga | x | |||||
Lanio luctuosus | tem-tem-de-dragona-branca | x | |||||
Tachyphonus rufus | pipira-preta | x | x | ||||
Ramphocelus carbo | pipira-vermelha | x | x | ||||
Tangara episcopus | sanhaçu-da-amazônia | x | x | x | x | ||
Tangara palmarum | sanhaçu-do-coqueiro | x | x | ||||
Tangara mexicana | saíra-de-bando | x | |||||
Tangara punctata | saíra-negaça | x | x | x | x | ||
Dacnis lineata | saí-de-máscara-preta | x | x | x | x | ||
Dacnis cayana | saí-azul | x | x | ||||
Chlorophanes spiza | saí-verde | x | x | x | |||
Hemithraupis guira | saíra-de-papo-preto | x | x | x | |||
Zonotrichia capensis | tico-tico | x | x | ||||
Ammodramus aurifrons | cigarrinha-do-campo | x | x | x | x | ||
Volatinia jacarina | tiziu | x | |||||
Sporophila nigricollis | baiano | x | x | x | x | ||
Arremon taciturnus | tico-tico-de-bico-preto | x | |||||
Saltator grossus | bico-encarnado | x | x | x | x | x | |
Saltator maximus | tempera-viola | x | |||||
Saltator coerulescens | sabiá-gongá | x | |||||
Basileuterus culicivorus | pula-pula | x | |||||
Basileuterus flaveolus | canário-do-mato | x | |||||
Psarocolius viridis | japu-verde | x | x | x | x | ||
Psarocolius decumanus | japu | x | |||||
Cacicus cela | xexéu | x | x | ||||
Cacicus haemorrhous | guaxe | x | |||||
Icterus pyrrhopterus | encontro | x | |||||
Molothrus bonariensis | vira-bosta | x | |||||
Sturnella militaris | polícia-inglesa-do-norte | x | x |